Dúvidas ortográficas – Um olhar minucioso

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra... Já disse a cantora Pitty, em uma de suas criações. Sábia, por sinal, pois profunda é a ideologia presente em suas palavras em se tratando de nosso posicionamento em meio ao cotidiano, analisado sob todos os âmbitos. Mas... deixemos as questões filosóficas para um outro momento.

Voltemos, pois, para as questões relacionadas à gramática, já que, possivelmente, todos nós temos “um teto de vidro”, principalmente ao nos referirmos à ortografia, não é verdade? Obviamente que ninguém será tão audacioso a ponto de arremessar a pedra... Claro, quantas vezes fomos alvo do /s/ ou /z/, já não falando dos outros fonemas que, via de regra, também se constituem de uma semelhança sonora.

Atualmente, envoltos por tanta tecnologia, quando ao redigirem, muitos usuários recorrem às ferramentas disponíveis no próprio sistema, outros, ao dicionário, e assim por diante. Mas, indubitavelmente, ainda há que se mencionar que a familiaridade envolvendo a tríade “emissor x leitura x escrita” fornece-nos verdadeiros subsídios rumo à conquista de determinadas habilidades. Desta feita, algumas dicas se constituem como recursos plausíveis para que a grafia de alguns vocábulos se torne algo “familiar” ao nosso conhecimento, como as que analisaremos a seguir:

Analisando as terminações “-izar” e “-isar” – Quando usar “s” e quando usar “z”?

Tomemos como exemplo a palavra exorci---ar, cujo emprego não podemos dizer que seja tão corriqueiro. Por que grafá-lo com “x”, se sonoramente é retratado por “z”? Outra questão: será grafado com “-izar” ou “-isar”?

O fato é que EXORCIZAR provém do latim exorcizare - v.t. Expulsar os demônios por meio de preces: exorcizar um possesso.
Esconjurar, conjurar, exorcismar.

Sanada a presente dúvida, partamos agora para uma análise acerca das circunstâncias relacionadas ao emprego dos sufixos supracitados. É bom que se diga que não há prefixos representados por “–isar”. Os verbos que dele se constituem já trazem em seu radical a letra “s”, como é o caso de:

“-Izar” oriunda-se do sufixo grego “-izein”, incorporando-se à língua portuguesa por intermédio do latim “-izare”, sendo atribuído aos substantivos e adjetivos terminados em - ico, - ismo, - ista. Daí que exorcizar se grafa com “izar”, pois é derivado de exorcismo, como também, “anarquismo”, “dogmático”, “socialista”. Consoante a esta regra citamos também o caso daquelas palavras que não possuem a letra “s” em seu radical, sendo, portanto, grafadas com “izar”, como por exemplo:

local- localizar
radical – radicalizar

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