Algumas das peculiaridades que norteiam os fenômenos linguísticos se encontram arraigadas na semântica, isto é, submetidas ao significado contextual que representam mediante um enunciado específico.
Partindo-se de tal pressuposto, referimo-nos ao caso do pronome “todo” – quando empregá-lo, estando precedido ou não do artigo? De modo a checarmos como realmente se efetiva esta ocorrência, observemos:
Constatamos que no 1º caso o pronome não se encontra acompanhado de nenhum determinante, visto que o sentido retratado por ele se refere a “qualquer um”, tendo em mente a variedade de pratos que “supostamente” foram servidos. O contrário acontece no 2º exemplo, uma vez que o sentido agora se atém à completude, ou seja, os convidados devoraram a sobremesa por inteiro.
Diante disso, o emprego ou não do artigo está relacionado à noção de significância atribuída pelo pronome em pauta, evidenciando-se da seguinte forma:
Todo(s) + substantivo retrata a ideia de “qualquer”, “cada”.
Ex: Todo ser humano é dotado de personalidades e atitudes próprias.
Todo(s) + o + substantivo revela a noção de “inteiro”, “completo”.
Ex: Li todas as obras machadianas.
Entretanto, este caso, assim como tantos outros, se perfaz de algumas particularidades (vistas como exceções que fogem à regra geral) às quais devemos nos atentar. Eis que são:
* O pronome “todo”, tido na sua forma pluralizada (todos) será usado sem o artigo quando um numeral substantivo o acompanhar.
Ex: Quando cheguei, todos dois resolveram se calar.
* A mesma ocorrência efetivar-se-á quando houver um nome em função predicativa.
Ex: A empresa contava com cinco colaboradores, todos licenciados em diversas áreas do conhecimento. (todos eram licenciados em diversas áreas)
* Caso o numeral for seguido de um substantivo, faz-se necessário o emprego do artigo.
Ex: Todos os quatro representantes compareceram à reunião.
* O referido pronome será concebido como advérbio quando este retratar o sentido de “completamente” – fato pelo qual, teoricamente, teria de ser invariável. Contudo, poderá ser flexionado (seja em número ou gênero), como se fosse adjetivo.
Exemplos:
O objeto estava todo danificado.
Os convidados aparentavam estar todos ansiosos pela chegada da aniversariante.
O substantivo desempenha distintas funções sintáticas, tais como: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc
As palavras sessão, seção e cessão são homófonas heterográficas, entenda.
Foi um dos principais autores realistas do século XIX, e uma de suas obras mais famosas é o romance O idiota.
A literatura africana em língua portuguesa é dividida em três fases: colonização, pré-independência e pós-independência.
Consistem nas figuras de linguagem em que há o emprego de palavras com um sentido conotativo ou figurado