Companhia ou compania?

Companhia ou compania? Para algumas pessoas, a escrita da palavra “companhia” gera dúvida, pois é comum que falemos “compania”, o que leva à conclusão de que a ortografia correta é com “n” e não com “nh”. A mudança na sonoridade é um processo fonológico chamado de elisão fonética, na qual ocorre uma redução da sonoridade do dígrafo (nh) para a consoante (n). Esse fenômeno é natural e ocorre principalmente na fala espontânea e coloquial. No entanto, é fundamental compreender que a escrita correta é com “nh”, isto é, “companhia”.

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Resumo sobre “companhia” e “compania”

• A palavra “companhia” é escrita com o dígrafo “nh”, ainda que, na pronúncia, seja comumente falado apenas o som do “n” (“compania”).
• Mesmo que seja natural a mudança sonora na fala coloquial, deve-se utilizar a ortografia correta na escrita.
• De acordo com os estudos fonológicos, a mudança na pronúncia é chamada de elisão fonética.

Qual o correto, “companhia” ou “companhia”?

O correto é “companhia”, com “nh”. A palavra “companhia” gera dúvida quanto à sua ortografia em alguns usuários da língua, e isso ocorre porque, na oralidade, é comum que falemos “compania” e não “companhia”. Por esse motivo, alguns falantes reproduzem essa sonoridade na escrita. No entanto, de acordo com a norma-padrão, a grafia correta da palavra é com o dígrafo “nh” (companhia), de modo que a forma com o “n” (compania) está incorreta.

Significado de “companhia”

A palavra "companhia" pode ter alguns sentidos:

1. Ato de acompanhar:

Nossas primas farão companhia para nossa avó hoje.

2. Grupo de pessoas organizadas por um fim:

A companhia de teatro irá realizar uma oficina na escola esta semana.

3. Ato de estar junto:

Gosto de viver na companhia dos bichos.

4. Setor ou subdivisão de alguma organização:

A companhia de transporte irá participar da assembleia.

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Por que falamos “compania” em vez de “companhia”?

De acordo com os estudos fonológicos da língua portuguesa, falamos “compania” em vez de “companhia” devido a um fenômeno fonético conhecido como redução ou elisão fonética. Segundo essa perspectiva, é comum que os sons palatais (como o som de “nh”) sejam suavizados ou suprimidos na fala, principalmente em situações de uso coloquial da língua. Sendo assim, o som do dígrafo é suprimido e realizamos apenas o som do “n”.

Os fenômenos fonéticos são naturais em todas as línguas, portanto, não é necessariamente um “erro”, mas um processo que deve ser consciente aos falantes para que o cuidado com a pronúncia e com a escrita sejam mais recorrentes em situações formais.

Fontes

BECHARA, Evanildo.  Moderna gramática portuguesa. 37. ed., rev., ampl. e atual. conforme o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CEGALLA, Domingos Paschoal.  Novíssima gramática da língua portuguesa. 48. ed., atual. São Paulo: Nacional, 2018.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley.  Nova gramática do português contemporâneo. 7. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2017.