Conjunções formam a classe de palavras que estabelecem relações de sentido entre elementos da oração. Podem ser classificadas como coordenativas ou subordinativas.
As conjunções formam a classe de palavras cuja função é ligar termos, elementos ou orações, estabelecendo uma relação que pode ser de dependência (no caso das conjunções coordenativas) ou de independência (no caso das conjunções subordinativas). Essa relação também estabelece diversos sentidos entre os elementos conectados, os quais variam de acordo com o contexto.
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A conjunção é uma classe de palavras que servem de ligação entre elementos de uma sentença, sejam eles termos de uma mesma oração ou orações de um mesmo período. As conjunções servem de ponte entre esses elementos, dando mais fluidez ao enunciado. Observe:
“Nós chegamos de manhã. Nós fomos embora de noite.”
“Nós chegamos de manhã e fomos embora de noite.”
Nesse exemplo, a conjunção “e” conecta duas orações em um mesmo período, estabelecendo entre elas uma relação de adição no enunciado: além de terem chegado de manhã, foram embora de noite. Note que são orações independentes entre si, que são compreensíveis uma sem a outra. Então, são orações coordenadas, e a conjunção que as conecta é coordenativa.
Leia este outro caso:
“Nós chegamos de manhã, apesar de termos saído atrasados.”
Aqui, há duas palavras exercendo função de conjunção, ou seja, ligando duas orações. Nesse caso, ocorre uma locução conjuntiva. Também é possível perceber que a segunda oração não faria sentido se não estivesse acompanhada da primeira.
Assim, a segunda oração é dependente da primeira para ter sentido. A primeira oração é chamada de oração principal, e a segunda, de oração subordinada. A conjunção que as conecta é subordinativa.
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As conjunções são classificadas de acordo com o grau de dependência existente entre os termos ligados por elas, de modo que as conjunções coordenativas ligam termos independentes entre si e as conjunções subordinativas ligam termos dependentes entre si. Essas classificações, por sua vez, possuem subclassificações.
As conjunções coordenativas ligam palavras e orações que são independentes entre si, ou seja, estão no mesmo nível de hierarquia e são completamente compreensíveis uma sem a outra. Essas conjunções têm cinco subclassificações, de acordo com o sentido que estabelecem entre os elementos que ligam:
Conjunções coordenativas aditivas estabelecem relação de adição (positiva ou negativa). As principais conjunções coordenativas aditivas são “e”, “nem” e “também”.
Exemplos:
“No safári, vimos girafas, leões e zebras.”
“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando vai chegar.”
Conjunções coordenativas adversativas estabelecem relação de oposição. As principais conjunções coordenativas adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”.
Exemplos:
“Havia flores no jardim, mas estavam murchando.”
“Era inteligente e bom com palavras, entretanto, estava nervoso na prova.”
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Conjunções coordenativas alternativas estabelecem relação de alternância. As principais conjunções coordenativas alternativas são “ou”, “ou ... ou”, “ora... ora”, “talvez... talvez”.
Exemplos:
“Pode ser que o resultado saia amanhã ou depois.”
“Ora queria viver ali para sempre, ora queria mudar de país.”
Conjunções coordenativas conclusivas estabelecem relação de conclusão. As principais conjunções coordenativas conclusivas são “portanto”, “então”, “assim”, “logo”.
Exemplos:
“Não era bem remunerada, então decidiu trocar de emprego.”
“Penso, logo existo.”
Conjunções coordenativas explicativas estabelecem relação de explicação. As principais conjunções coordenativas explicativas são “porque”, “pois”, “porquanto”.
Exemplos:
“Quisemos viajar porque não conseguiríamos descansar aqui em casa.”
“Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”
As conjunções subordinativas ligam termos que não têm o mesmo nível hierárquico, de modo que geralmente existe uma oração principal e uma oração subordinada à principal. A oração subordinada isolada não possui sentido completo, dependendo da oração principal para fazer sentido.
Dessa forma, as conjunções subordinativas ligam duas orações, porém uma depende da outra. A partir do sentido que estabelece entre as duas, a conjunção subordinativa pode ser subclassificada em adverbial ou integrante.
As conjunções subordinativas adverbiais introduzem orações subordinadas a orações principais, traduzindo uma ideia de circunstância entre elas. Há nove subclassificações entre essas conjunções.
• Causais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de causa, motivo. As principais conjunções subordinativas adverbiais causais são “porque”, “como”, “que”.
Exemplos:
“Como não tinha dinheiro, desistiu do presente.”
“Teve as melhores fotos porque esperou o entardecer.”
• Consecutivas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de consequência. As principais conjunções subordinativas adverbiais consecutivas são “que”, “de modo que”, “de forma que”.
Exemplos:
“Arrumou-se muito, de modo que era o mais bonito da festa.”
“Viajava muito ao redor do mundo, de maneira que sentia necessidade de aprender novos idiomas.”
• Comparativas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de comparação em relação à oração principal. As principais conjunções subordinativas adverbiais comparativas são “como”, “(tal) qual”, “(tanto) quanto”.
Exemplos:
“Era forte como um touro.”
“Cantava lindamente, tal qual sua mãe.”
• Conformativas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de conformidade. As principais conjunções subordinativas adverbiais conformativas são “conforme”, “segundo”, “consoante”.
Exemplos:
“As mudanças foram implementadas conforme a maioria havia decidido.”
“Executou todas as ações segundo constavam no manual.”
• Concessivas: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de concessão. As principais conjunções subordinativas adverbiais concessivas são “apesar de”, “embora”, “ainda que”.
Exemplos:
“Ainda que saibamos chegar lá, não temos como nos locomover.”
“Fui mal na prova, embora tenha estudado muito.”
• Condicionais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de condição em relação a outra oração. As principais conjunções subordinativas adverbiais condicionais são “se”, “caso”, “desde que”.
Exemplos:
“Deixo de me intrometer se você prometer que vai buscar ajuda.”
“Caso esfrie, use este casaco.”
• Proporcionais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de proporção. As principais conjunções subordinativas adverbiais proporcionais são “à medida que”, “quanto mais... mais”, “quanto menos... menos”, “tanto quanto”.
Exemplos:
“Parece até que, quanto menos você sabe, menos você sofre.”
“À medida que nos aproximávamos, o lugar ficava mais encantador!”
• Finais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de finalidade. As principais conjunções subordinativas adverbiais finais são “a fim de que”, “para que”.
Exemplos:
“Passaremos a emitir informes regulares, a fim de que todos se cuidem.”
“Para não perder a viagem, aproveitei e trouxe também suas encomendas.”
• Temporais: iniciam orações subordinadas estabelecendo relação de tempo. As principais conjunções subordinativas adverbiais temporais são “quando”, “enquanto”, “logo que”.
Exemplos:
“Enquanto ela não me avisar, eu não vou conseguir dormir.”
“Estaremos aí assim que chegarmos!”
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As conjunções subordinativas integrantes introduzem orações subordinadas que exerçam função de substantivo no enunciado (as chamadas orações subordinadas substantivas). As conjunções subordinativas integrantes são “que” e “se”.
Exemplos:
“Veja se a comida já esfriou.” (“Veja a temperatura da comida.”)
“Pedi que me devolvesse o pote!” (“Pedi a devolução do pote.”)
As locuções conjuntivas ocorrem quando duas ou mais palavras juntas exercem função de conjunção. Muitas vezes, são conjunções acompanhadas de preposições e pronomes relativos. “Para que”, “desde que”, “apesar de”, “no entanto”, “por mais que” são apenas alguns dos diversos exemplos de locuções conjuntivas.
Questão 1
(Cesgranrio)
A conjunção/locução conjuntiva entre parênteses que NÃO expressa a mesma relação de sentido da conjunção/locução conjuntiva destacada é:
A) “assim como não estamos aqui,” (L. 5-6) — (bem como)
B) “...quando procuramos estar com alguém,” (L. 8) — (sempre que)
C) “...porque gostamos,” (L. 9-10) — (ao passo que)
D) “...para que elas venham até você.” (L. 25) — (a fim de que)
E) “mas quem estava procurando por você!” (L. 27-28) — (porém)
Resolução:
Alternativa C
A conjunção “porque” estabelece relação de causa, enquanto a locução conjuntiva “ao passo que” estabelece relação de proporção.
Questão 2
(Faurgs)
Assinale com V (verdadeira) ou F (falsa) as afirmações a seguir.
( ) O porém (l. 08) é uma conjunção conclusiva.
( ) O e (l. 11) é uma conjunção consecutiva.
( ) O Por que (l. 13) é uma conjunção explicativa.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
A) V – V – V.
B) F – F – V.
C) F – V – F.
D) V – V – F.
E) F – F – F.
Resolução:
Alternativa E
Todas são falsas: “porém” é uma conjunção adversativa, expressando oposição; “e” é uma conjunção aditiva, expressando adição; “por que” não é uma conjunção, e sim a junção entre uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que).
O substantivo desempenha distintas funções sintáticas, tais como: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc
As palavras sessão, seção e cessão são homófonas heterográficas, entenda.
Foi um dos principais autores realistas do século XIX, e uma de suas obras mais famosas é o romance O idiota.
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Consistem nas figuras de linguagem em que há o emprego de palavras com um sentido conotativo ou figurado