Obrigado eu ou Obrigado você?

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

Não diga “obrigado você”, mas sim “obrigado eu” ou “não há de quê”, “de nada”...
Não diga “obrigado você”, mas sim “obrigado eu” ou “não há de quê”, “de nada”...

O “obrigado (a)”, que se revela como a mais recorrente forma de agradecimento que norteia as nossas relações interpessoais, é constantemente alvo de questionamentos acerca das suas marcas linguísticas. Assim, diante de tal circunstância, trazemos para você, caro (a) usuário (a), algumas elucidações para sanar esse imbatível entrave, a começar pelas flexões da forma “obrigado”.

Por se tratar de um adjetivo, ele é passível de mudanças no quesito gênero, ou seja, o emissor diz obrigado; e a emissora diz obrigada. E quanto à flexão de número? Será esta palavra também passível de tal mudança? Sim, por que não? Veja:Obrigadas e obrigados foram ditos simultaneamente por aquele grupo de pessoas (em se tratando de homens e mulheres).

Analisados esses pressupostos, partamos agora para aquela que, possivelmente, apresenta-se como a mais crucial das dúvidas: considere dois interlocutores, evidenciados por um que agradece e outro que responde ao agradecimento. Quando alguém diz “obrigado”, tal enunciação se refere à ideia de que quem a profere se sente na obrigação para com a pessoa à qual faz o agradecimento. Mas... como deve ser a resposta dada ao agradecimento ora em questão? Obrigado eu ou obrigado você?

Perceba que se o interlocutor disser: “obrigado você”, soa como uma forma descortês, visto que a pessoa que faz o agradecimento é que se torna obrigada a algo. Dessa forma, opte por descartar essa possibilidade, sim?

Agora, se a situação fizer referência a um “obrigado eu”, aí sim, quem está respondendo ao agradecimento se sente como se tivesse, também, uma obrigação para com a outra pessoa. Se ainda assim tal posicionamento lhe parecer assim, digamos... estranho, opte por dizer apenas:

“Por nada”; “Não há de quê” ; “Eu que agradeço”; “De nada”.

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