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Regras de pontuação

As regras de pontuação são importantes para a organização da sintaxe e contribuem para a formação dos sentidos do texto.

Por Mariana Carvalho Machado Cortes

Tabela com os principais sinais de pontuação e sua regra geral.
Cada sinal de pontuação tem um sentido específico no ato comunicativo. (Créditos: Gabriel Franco | Português)
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As regras de pontuação são importantes para a organização da estrutura sintática do seu texto e para acentuar as suas intenções discursivas. Há dez sinais de pontuação:

  • vírgula,
  • ponto e vírgula,
  • dois-pontos,
  • ponto-final,
  • ponto de interrogação,
  • ponto de exclamação,
  • travessão,
  • parênteses,
  • aspas,
  • reticências.

Leia também: Regras de acentuação — o que você precisa saber

Resumo sobre as regras de pontuação

  • O ponto é o sinal utilizado para finalizar as frases.
  • A vírgula é utilizada para organizar os termos sintáticos de uma oração.
  • O ponto e vírgula marca uma pausa mais forte que a vírgula e menos forte que o ponto.
  • Os dois-pontos servem para introduzir ideias na oração.
  • O travessão é utilizado para introduzir outros discursos na oração e pode exercer a mesma função da vírgula.
  • O ponto de exclamação sinaliza expressão de emoção no discurso.
  • O ponto de interrogação marca perguntas diretas.
  • As aspas servem para introduzir outros discursos no texto e para marcar entonações irônicas.
  • Os parênteses servem para introduzir uma informação que complementa o texto, mas não é inerente à sua estrutura principal.
  • As reticências dão ideia de continuidade e mostram entonações diversas no discurso.

Quais são os sinais de pontuação?

Os sinais de pontuação são marcas gráficas que organizam sintaticamente os termos e as frases do texto. Também contribuem para a construção do sentido e com o objetivo do discurso do falante.  Os sinais de pontuação são:

  • Vírgula: contribui para a organizar os termos sintáticos dentro da frase. Não esqueça: vírgula não é sinônimo de “pausa para respirar”. Sua marca gráfica é: , .
  • Ponto e vírgula: marca uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final. É utilizado para contribuir com a clareza do texto. Sua marca gráfica é: ; .
  • Dois-pontos: são usados para suprimir termos e introduzir novas ideias, como exemplos, outras vozes, aposto, etc. Sua marca gráfica é: : .
  • Ponto: utilizado para marcar o fim de uma frase declarativa. Sua marca gráfica é: . .
  • Ponto de exclamação: utilizado para marcar graficamente emoções, ênfase e exaltação de espírito. Sua marca é: !.
  • Travessão: utilizado em diversas intenções e gêneros, como na narração, na descrição, em diálogos e até em dissertações. Pode vir em dupla, se estiver intercalado na frase. Sua marca gráfica é: .
  • Parênteses: utilizados, muitas vezes, pelos mesmos motivos que os travessões e as vírgulas. Separam e ressaltam termos em uma frase. Sua marca gráfica é: (  ).
  • Aspas: são comumente utilizadas em citações, mas também podem modificar o sentido de expressões, dependendo do contexto. Sua marca gráfica é: “  “.
  • Reticências: utilizadas para marcar continuidade ou sentimento. Sua marca gráfica é: .

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Quais são as regras de pontuação?

As regras de pontuação são importantes para a organização da sintaxe do texto. Desse modo, é importante o conhecimento sobre a sintaxe para o uso coerente da pontuação. Seguem as regras de pontuação de acordo com cada tipo:

  1. Ponto

1.1.   Usa-se o ponto-final para marcar o final de frases afirmativas.

1.2. Utilizado em abreviaturas: fev.(fevereiro), hab. (habitante), pág. (página), etc. (et caetera).

  1.  Dois-pontos

2.1. Introduz citação. Exemplo: Como diria Mario Quintana: “A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.”

2.2. Introduz aposto explicativo, enumerativo ou distributivo. Exemplo: Este era o problema do Luizas suas atitudes e a sua postura.

2.3. Introduz termos explicativos e enumerativos. Exemplo: Há, na atualidade, diretores brasileiros muito talentosos, como: Walter Salles, Kleber Mendonça Filho e Fernando Meirelles.

  1. Travessão

3.1. Indica a mudança de interlocução no diálogo. Exemplo:

O Lixo

(Luís Fernando Veríssimo)

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612
- É.
(...)

3.2. Ressalta na frase certos termos e expressões; nesse caso, substitui a vírgula ou os parênteses. Exemplo: A Júlia — muito charmosa e esperta — conquista todos ao seu redor.

  1. Ponto de exclamação

4.1. Utilizado para indicar surpresa, admiração ou assombro. Exemplo: Que lindo quadro!

4.2. Utilizado para marcar interjeições. Exemplo: Meu Deus! Como eu fui deixar isso acontecer?

4.3. Utilizado para substituir a vírgula em vocativos enfáticos. Exemplo: Maria Antônia! Onde estão os meus sapatos?

4.4. Utilizado para marcar intensidade de voz. Exemplo: Ele acerta a posição e… gol!!!

  1. Ponto de interrogação

5.1. Usado em frases interrogativas diretas. Exemplo: Quais são os seus sintomas?

5.2. Usado em perguntas retóricas. Exemplo: Vamos deixar essa injustiça acontecer?

5.3. Combinado com ponto de interrogação, indica surpresa. Exemplo: Você esqueceu da reunião?!

  1. Aspas

6.1. Utilizadas para marcar citações de outras vozes no texto. Exemplo: Machado de Assis diz que “A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal”.

6.2. Assinala expressões que não se enquadram na norma culta. Exemplo: Ele era o “nerd” da escola.

6.3. Marca ironia no discurso. Exemplo: Jogando papel no chão… Que “educação”, hein!

6.4. Marca a citação de livros, filmes e outras mídias. Exemplo: O livro “O corcunda de Notre-Dame” foi escrito por Vitor Hugo.

  1. Ponto e vírgula

7.1. Utiliza-se vírgula para separar orações coordenadas assindéticas já separadas por vírgulas. Exemplo: Josué, que era muito inteligente, foi para a faculdade de engenharia; Pedro, que era muito talentoso, fez gastronomia; Aline, que era muito aventureira, se aventurou pela Europa.

7.2. Utiliza-se ponto e vírgula para separar vários itens de uma enumeração. Exemplo: Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoa humana; (...).

7.3. Separar orações coordenadas com conjunções implícitas. Exemplo: Estava cansado; não conseguiu ir à festa.

  1. Reticências

8.1. Utilizado para marcar interrupção do discurso. Exemplo:

– O Presidente da República está ciente...

– Um aparte, por favor...

– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre Deputado.
(Manual de Redação da Câmara dos Deputados)

8.2. Indica partes suprimidas do texto. Exemplo: O primeiro e crucial problema de linguística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... (ou (...), ou [...]) Considerava a linguística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos... (Mattoso Câmara Jr.)

8.3. Indica a continuação da fala. Exemplo: Não esqueça de comprar as frutas: pera, uva, melão, melancia…

8.4. Indica hesitação ou suspense. Exemplo: Espero que… que… a gente possa se entender.

8.5. Realça os sentimentos ou intenções contidos no discurso. Exemplo: Que cena linda… é encantadora…

  1. Parênteses

9.1. Usados para destacar termos e expressões. Nesse caso, substitui a vírgula ou o travessão. Exemplo: O Brasil (país de dimensões continentais) tem culturais diversas e ricas.

9.2. Usados para incluir informações bibliográficas em textos. Exemplo: Como Freud afirmou, “a qualidade de ser consciente... permanece sendo a única luz que ilumina nosso caminho e nos conduz através da obscuridade da vida mental” (1938, p. 286).

9.3. Indica marcas cênicas no teatro. Exemplo: GALILEU (lavando o tórax, fungando alegre):

– Ponha o leite na mesa, mas não feche os livros.

  1. Vírgula

10.1. Usa-se vírgula para marcar o adjunto adverbial deslocado: considera-se que a posição inicial do adjunto adverbial seja no final da oração. Logo, quando esse está no início ou no meio, é entendido como deslocado. Só não se coloca vírgula quando o termo é muito pequeno, como “hoje”, “ontem” ou “já”. Se a vírgula estiver no final, o uso da vírgula é facultativo. Exemplo:     Às vezes no silêncio da noite, eu fico imaginando nós dois.

10.2. Usa-se vírgula para separar o aposto explicativo: termos com ideia de explicação tendem a ser separados por vírgula: Exemplo: Niterói, cidade maravilhosa, disputa pelo Pan 2031.

10.3. Usa-se vírgula para separar o vocativo. Exemplo: Juliana, não vire as costas para mim!

10.4. Usa-se vírgula para separar o predicativo do sujeito deslocado: a posição inicial do predicativo é considerada no final da oração. Logo, se aparecer no início ou no meio, diz-se que está deslocado: Sereno e tranquilo, o condenado esperava a sua sentença.

10.5. Usa-se vírgula para separar termos em gerais deslocados na oração: a estrutura mais recorrente de construção da frase é “sujeito-verbo-complemento”. Logo, algum deslocamento na ordem dessa estrutura deve ser separado por vírgula. Exemplo: Os livros da prova, você comprou?

10.6. Usa-se vírgula para separar expressões retificativas, explicativas ou exemplificativas. Exemplo: O juiz deveria ser mais objetivo, ou seja, deixar clara a sua sentença.

10.7. Usa-se vírgula para marcar a elipse do verbo. Exemplo: Em 2020, João ganhou o concurso de poesia; em 2021, Geraldo.

10.8. Usa-se vírgula para separar orações coordenadas, exceto as aditivas com sujeitos iguais. Exemplo: Devo me esforçar, porque eu não posso errar nessa matéria.

10.9. Usa-se vírgula para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Exemplo: O homem, que é razoável, não entrará em uma briga por um motivo qualquer.

Leia também: Regras para o uso da crase

Texto com todos os sinais de pontuação

Os sinais de pontuação podem afetar tanto a estrutura quanto o sentido do texto. Na crônica de Martha Medeiros, a seguir, a pontuação contribui diretamente para a construção sintática e semântica do texto.

Uma mulher entre parênteses

Tinha algo a dizer, mas jamais aos gritos, jamais com ênfase, jamais invocando uma reação.

Era como ela catalogava as pessoas: através dos sinais de pontuação. Irritava-se com as amigas que terminavam as frases com reticências... Eram mulheres que nunca definiam suas opiniões, que davam a entender que poderiam mudar de ideia dali a dois segundos e que abusavam da melancolia.

Por outro lado, tampouco se sentia à vontade com as mulheres em estado constante de exclamação. Extra, extra! Tudo nelas causava impacto! Consideravam-se mais importantes do que as outras! Ela, não. Ela era mais discreta. A mais discreta de todas.

Também não era do tipo mulher dois pontos: aquela que está sempre prestes a dizer uma verdade inquestionável, que merece destaque. Também não era daquelas perguntadeiras xaropes que não acreditam no que ouvem, não acreditam no que veem e estão sempre querendo conferir se os outros possuem as mesmas dúvidas: será, será, será? Ela possuía suas interrogações, claro, mas não as expunha.

Era uma mulher entre parênteses.

Fazia parte do universo; mas vivia isolada em seus próprios pensamentos e emoções.

Era como se ela fosse um sussurro, um segredo. Como uma amante que não pode ser exibida à luz do dia. Às vezes, sentia um certo incômodo com a situação, parecia que estava sendo discriminada, que não deveria interagir com o restante das pessoas por possuir algum vírus contagioso.

Outras vezes, avaliava sua situação com olhos mais românticos e concluía que tudo não passava de proteção. Ela era tão especial que seria uma temeridade misturar-se com mulheres óbvias e transparentes em excesso. A mulher entre parênteses tinha algo a dizer, mas jamais aos gritos, jamais com ênfase, jamais invocando uma reação. Ela havia sido adestrada para falar para dentro, apenas consigo mesma.

Tudo muito elegante.

Aos poucos, no entanto, ela passou a perceber que viver entre parênteses começava a sufocá-la. Ela mantinha suas verdades (e suas fantasias) numa redoma, e isso a livrava de uma existência vulgar, mas que graça tinha?

Resolveu um dia comentar sobre o assunto com o marido, que achou muito estranho ela reivindicar mais liberdade de expressão. Ora, manter-se entre parênteses era um charmoso confinamento.

– Minha linda, você é uma mulher que guarda a sua alma.

Um dia ela acordou e descobriu que não queria mais guardar a sua alma. Não queria mais ser um esclarecimento oculto. Ela queria fazer parte da confusão.

“Mas, minha linda…”. E não quis mais, também, aquele homem entre aspas.

Martha Medeiros

Dicas para aprender as regras de pontuação

  • Entenda como funcionam os termos sintáticos da oração: a pontuação e a sintaxe estão diretamente ligadas, uma vez que, muitas vezes, esses sinais são essenciais para a organização dos termos sintáticos dentro da frase. Assim, é essencial conseguir identificar as classificações sintáticas das expressões.
  • Entenda a função semântica dos sinais de pontuação: além da função sintática, muitas vezes a pontuação contribui para os sentidos do texto. Dessa maneira, também é importante entender o efeito semântico que cada sinal pode imprimir no texto.
  • Identifique termos deslocados: a estrutura principal da oração segue uma ordem convencional de sujeito-verbo-complemento. Entender esse funcionamento e todos os termos sintáticos que o circundam é importante, uma vez que, muitas vezes, os sinais de pontuação, especialmente a vírgula, marcam termos deslocados na oração.
  • Aprenda a identificar as orações: a identificação e a classificação de orações subordinadas e coordenadas são necessárias para o uso dos sinais de pontuação a fim de organizá-las dentro do período.

Exercícios sobre regras de pontuação

O “impossível” voo das abelhas

Li certa vez que, na Nasa, há um poster com uma imagem de uma abelha e os seguintes dizeres: Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não pode voar, mas o bom é que a abelha não sabe disto.

Do ponto de vista científico, o voo da abelha é realmente impressionante. Inicialmente, acreditava‑se que as abelhas não poderiam voar, com base nos princípios da aerodinâmica convencional, que se aplicam a aeronaves de asas rígidas. No entanto, o mistério foi desvendado quando se descobriu que suas asas não são rígidas como as de um avião. Em vez disso, as abelhas trabalham muito se movem de forma muito mais complexa – em ciclos de flexão e de torção – gerando pequenas turbulências que lhes permite manter‑se no ar, desafiando a aerodinâmica estacionária.

O verdadeiro valor dessa história, porém, está na lição que podemos aplicar às nossas vidas. Assim como o voo da abelha desafia as expectativas científicas, o amadurecimento humano muitas vezes desafia nossas próprias expectativas sobre o que somos capazes de enfrentar. Ao longo da vida, acumulamos experiências e conhecimentos que nos fazem enxergar a complexidade da existência com mais clareza. Essa conscientização, contudo, não deveria nos desencorajar. Pelo contrário, ela deve nos capacitar a encarar os desafios com resiliência e sabedoria.

Na maturidade, os desafios enfrentados muitas vezes parecem insuperáveis. Mudanças de carreira, perdas financeiras, separações, problemas de saúde ou até mesmo a busca por um propósito novo de vida são obstáculos frequentes para muitas pessoas. Esses desafios podem parecer tão intransponíveis quanto o voo de uma abelha deveria ser, segundo as leis tradicionais da física. No entanto, assim como a ciência desvendou o segredo do voo das abelhas, nós também precisamos encontrar dentro de nós a força necessária para superar as adversidades que a vida nos impõe, confiantes na vitória.

Superar os desafios não significa negar a complexidade da vida, mas sim reconhecê‑la e enfrentá‑la com determinação e perseverança. Assim como a abelha continua a voar sem saber das limitações impostas pelas leis da física convencional, também vive‑se plenamente, mesmo diante dos obstáculos que a maturidade nos impõe. O segredo para superar os desafios reside em nossa capacidade de adaptação. Assim como as asas das abelhas se ajustam ao ambiente, também devemos aprender a nos ajustar às circunstâncias, usando os recursos disponíveis para seguir em frente.

Muitas vezes, realizamos coisas que, à primeira vista, pareciam impossíveis, mas que, com coragem e resiliência, conseguimos concretizar. Assim como as abelhas, que voam sem saber que, teoricamente, não deveriam ser capazes de fazê‑lo, podemos superar nossas próprias limitações. Nos colocarmos no lugar das abelhas é o ideal para continuarmos avançando, tomando‑as como exemplo, pois, muitas vezes, os limites que acreditamos existir são apenas frutos de nossa limitação em realmente compreender os fatos.

CARDOSO, Juraciara Vieira. O “impossível” voo das abelhas.
Estado de Minas, Bem viver, 25 set. 2024 (adaptado).

Os sinais de pontuação fjuncionam como marcadores sintáticos, representam destaques e entonações na escrita, além de permitirem identificar se ela está conforme a norma‑padrão.

Com base nesse conceito, assinale a alternativa correta.

a) Na frase “Na maturidade, os desafios enfrentados muitas vezes parecem insuperáveis”, a vírgula separa o sujeito do predicado da oração.

b) No título do texto – O “impossível” voo das abelhas –, as aspas introduzem uma nota emocional que realça sarcasticamente o termo isolado por elas.

c) No trecho “[...] e os seguintes dizeres: Aerodinamicamente o corpo de uma abelha não pode voar, mas o bom é que a abelha não sabe disto.”, os dois pontos indicam uma hesitação.

d) Em “[...] as abelhas se movem de forma muito mais complexa – em ciclos de flexão e de torção – gerando pequenas turbulências [...]”, os travessões, se substituídos por vírgulas, não prejudicam o sentido pretendido do trecho.

Resposta: D.

Na letra A, não há separação entre sujeito e predicado, e sim de um adjunto adverbial deslocado. Na letra B, não há ironia, mas sim menção a um discurso anteriormente mencionado. Na letra C, os dois pontos não indicam hesitação, e sim a introdução de um outro discurso. Na letra D, há a separação de um comentário ressaltado na oração, logo o mesmo deslocamento poderia ser feito com a vírgula.

2. “A pesquisa do valor do prato foi feita a partir do Google Lens, e John afirma que apenas duas peças iguais foram vendidas nos últimos 50 anos” (5º parágrafo). Nesse trecho, a vírgula foi empregada para indicar que há:

a) um termo explicativo.

b) duas orações sem sujeito.

c) uma oração com ordem invertida.

d) duas orações com sujeitos diferentes.

Resposta: D. No trecho destacado, há a separação de suas orações coordenadas aditivas com sujeitos diferentes, o que deve ser marcado por vírgula.

Fontes

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37.ed. rev. e ampl. atual. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2009.

PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. 4.ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2021.

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