Ter que ou ter de? Dentre ou entre? Aplicações usuais

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

Enquanto conhecedores natos dos aspectos relacionados às peculiaridades linguísticas que, diga-se de passagem, são um tanto quanto complexas, muitas vezes atribuímos significado, grafia, dentre outros aspectos, a determinadas expressões de forma errônea.

Mesmo em se tratando de algo natural, inerente à referida conduta, é sempre bom que estejamos cientes acerca da forma correta, para que assim não subvertamos os postulados a que se devem os padrões convencionais da língua.

Assim sendo, colocamo-nos na condição de conhecedores de duas triviais expressões, levando-se em consideração suas principais características e, consequentemente, suas reais circunstâncias de uso. Diante disso, vejamos:

Ter que / ter de


Estaria correta tal colocação?

Neste caso, o correto seria utilizarmos a expressão “ter de”, uma vez que esta denota obrigação, necessidade em relação a um determinado assunto – a de se preparar para a avaliação–, tornando assim evidenciada:

Temos de estudar para a avaliação de amanhã.

A expressão “ter que” é aplicável em situações que revelem a ideia de “ter algo para”, como em:

Constatação efetivada, pois temos a noção de algo para executar.

Então, atente-se para este fato, uma vez que a análise contextual parece proferir sua palavra de ordem.

Dentre ou entre

Torna-se importante ressaltarmos para o fato de que “dentre” se revela pela contração “de” + “entre”. Desta feita, aplica-se somente aos verbos que exijam ao mesmo tempo as duas preposições, tais como: sair de, surgir de, e demais similares. Como por exemplo:

Dentre todas as cartas, ele tirou justamente aquela premiada.

Não havendo a condição acima prescrita, usa-se “entre”, de acordo com os seguintes casos:

Não há nada entre Pedro e Letícia.
Entre os dois alunos, prefiro o primeiro.

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