O relato pessoal

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

Parece interessante... mas a verdade é que nós, enquanto seres eminentemente sociais, somos contagiados pelo desejo de compartilhar fatos decorrentes da nossa vivência com alguém em que podemos confiar, seja um parente próximo ou “aquele velho amigo”. Tais fatos tanto podem ser alegres, tristes, trágicos, horripilantes ou cômicos, o fato é que a todo o momento estamos relatando sobre algo, embora às vezes passe despercebido. Por se tratar de um procedimento corriqueiro, nem sempre nos damos conta da referida atitude.

Tem-se assim uma ideia generalizada do assunto em questão. No entanto, nosso objetivo é dar ênfase ao estudo do relato enquanto modalidade textual, levando-se em consideração suas características de ordem linguística. Quando nos referimos ao ato de narrar, tão logo nos remetemos à ideia de contar sobre algo, e como tal, todo e qualquer acontecimento se perfaz de determinados elementos, entre os quais podemos mencionar: personagens, tempo, narrador, espaço enredo. Aspectos esses que nos parecem bastante familiares, semelhantes a algum tipo textual que já norteia nossos conhecimentos, não é verdade?

Pois bem, parecemos estar convictos de que se trata de uma narração. Portanto, partindo desta prerrogativa, temos que o relato, por se tratar de um discurso condizente a experiências pessoais, geralmente é narrado em 1ª pessoa, no qual os verbos se encontram no presente ou no pretérito, e a linguagem pode variar, podendo adquirir um caráter tanto formal quanto informal. Tudo dependerá do grau de intimidade existente entre narrador e seus respectivos interlocutores.

Tendo como foco o estudo do relato como gênero, atentamos para o fato de que este pertence à modalidade escrita da linguagem e, por assim dizer, o caracterizamos como sendo um gênero no qual alguém conta fatos relacionados à sua vida, cuja função é registrar as experiências pessoais no intento de que estas possam servir como fonte de consulta ou aprendizado para outras pessoas.

Entretanto, o relato pode materializar-se pela oralidade, tendo como público expectador um ou mais ouvintes. Comumente, ao participarmos de um evento, no qual temos a oportunidade de assistirmos a palestras, seminários e conferências, percebemos que o palestrante em um determinado momento alia ao seu discurso fatos que envolvem sua trajetória cotidiana, os quais denotam verdadeiras lições de vida e ensinamento.

Sendo assim, para que o relato possa se tornar passível de constatação por várias pessoas, ele poderá ser gravado, seja em áudio ou vídeo e, posteriormente, ser transcrito e publicado por inúmeros meios de comunicação, dentre estes, jornais, revistas, livros, sites, entre outros, passando a se caracterizar com documentos históricos de notável importância.

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