Uso do pronome cujo

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

O uso do pronome
O uso do pronome

O uso do pronome cujo, semelhantemente a tantos outros assuntos ligados à gramática, encontra-se submetido a regras específicas. Há de se convir que, em se tratando da oralidade, ele não é um pronome assim tão recorrente; mas, quanto à escrita, o seu uso é notório. Daí a importância de você estar ciente das suas particularidades, de modo a exercer sua competência linguística de forma efetiva.

Partindo desse princípio e tendo a consciência de que se trata de um pronome relativo variável, analisaremos tais particularidades, estando elas demarcadas por alguns aspectos, entre os quais:

  •  Esse termo somente é utilizado no sentido de posse, fazendo referência ao termo antecedente e ao substantivo subsequente. Observe:

O garoto cujo pai esteve aqui...
A enunciação diz respeito ao pai do garoto, expresso antes.

  • Não se usa artigo definido entre o pronome "cujo" e o substantivo subsequente.

Voltemos ao exemplo anterior:

O garoto cujo (o) pai esteve aqui (forma inadequada de uso do pronome)

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O garoto cujo pai esteve aqui... (forma adequada de uso do pronome)

  • O pronome deve aparecer antecedido de preposição sempre que a regência dos termos posteriores exigir. Vejamos:

Aquela é a família de cuja casa todos gostam.

Analisando a regência do verbo gostar, constata-se que ele se classifica como transitivo indireto, requerendo, pois, o uso da preposição.

Esta é a professora em cuja experiência todos acreditam.

Acreditamos em alguma coisa, logo, todos acreditam na experiência da professora.

Eis a amiga com cujas atitudes não concordamos.

Ao concordarmos, concordamos com algo, ou seja, não concordamos com as atitudes da amiga.

Tratando-se, sobretudo, dos casos relacionados à regência, alguns “soam” de forma estranha. Contudo, é preciso passar por cima desse aspecto, optando pelo seu correto uso, sempre que assim se fizer necessário.

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