Cinco poemas do Concretismo

Por Luana Castro Alves Perez

Criado por Décio Pignatari e Haroldo e Augusto de Campos, o Concretismo foi a principal corrente de vanguarda da literatura brasileira da segunda metade do século XX.

Augusto de Campos: olho por olho, 1964
Augusto de Campos: olho por olho, 1964

Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos. Essa é a tríade concretista. Assim como no Modernismo, principal corrente literária de vanguarda das primeiras décadas do século XX, o Concretismo também foi fundado por três escritores, responsáveis por difundir ideais anticonvencionais na literatura, ideais que romperam parâmetros, tal qual fizeram os geniais Manuel Bandeira, Oswald e Mário de Andrade.

Liderado pelos três poetas paulistas, nossa tríade concretista, esse inovador movimento literário teve início em 1956. A poesia concreta tinha como principais objetivos eliminar o intimismo e o eu lírico do poema, retomando procedimentos adotados pelas correntes de vanguarda do começo do século XX (daí o dialogismo com a primeira fase do modernismo), como o Futurismo e o Cubismo. Das vanguardas europeias, o Concretismo herdou a geometrização e a visualização da linguagem.

Os recursos da poesia concretista são variados: ao romper com a estrutura discursiva do verso tradicional, os artistas que representaram o movimento contaram com diversos suportes e meios técnicos, como livros, revistas, jornais, cartazes, videotexto, holografia e, mais recentemente, a internet. Valendo-se de materiais gráficos e visuais, os concretistas extrapolaram o ofício do poeta e transformaram-se em artistas gráficos e artesãos da palavra, sintonizados com diversas expressões artísticas (como a música, as artes visuais e o design), e não apenas com a literatura.

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Para que você conheça um pouco mais sobre a arte concretista, que ainda hoje influencia poetas, artistas plásticos e músicos, o sítio de Português selecionou cinco poemas do Concretismo que são um verdadeiro mergulho no universo das sensações. Esperamos que você aproveite a viagem e faça boa leitura!

Augusto de Campos: o pulsar, 1975
Augusto de Campos: o pulsar, 1975

Décio Pignatari: beba coca-cola, 1957
Décio Pignatari: beba coca-cola, 1957

Ronaldo Azeredo: Tic Tac, 1962
Ronaldo Azeredo: Tic Tac, 1962

Haroldo de Campos: nascemorre, 1965
Haroldo de Campos: nascemorre, 1965

Augusto de Campos: pós-tudo, 1984
Augusto de Campos: pós-tudo, 1984


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