Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras e é considerada uma das maiores autoras da segunda geração modernista.
Rachel de Queiroz, autora do premiado romance O quinze, publicado em 1930, nasceu em 1910 e é uma das principais autoras do Modernismo brasileiro. Integrando inicialmente a geração de 1930, conhecida pela tendência regionalista, a autora possui uma obra vasta. São 72 anos de carreira e 92 de vida. A escritora faleceu no Rio de Janeiro, no ano de 2003.
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Além de romances, peças de teatro e obras infantojuvenis, Rachel de Queiroz também é conhecida por suas centenas de crônicas, textos que a escritora produzia enquanto jornalista. O jornalismo, inclusive, era a profissão preferida da autora. A literatura era, segundo a própria autora, uma necessidade, e não uma escolha.
Reconhecida nacionalmente desde o seu primeiro romance, Rachel de Queiroz obteve grandes feitos em vida, tais quais ser a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e, além disso, vencer o Prêmio Camões, maior honraria que um escritor pode receber em língua portuguesa.
Algumas frases famosas de Rachel de Queiroz são:
Rachel de Queiroz escreveu muito e durante muito tempo. Suas produções envolvem romances, peças de teatro, crônicas e livros infantojuvenis. Em relação aos livros voltados para o público jovem, a autora recebeu o prêmio Jabuti pelas obras O menino mágico (1967) e Cafute e pena-de-prata (1986).
Apesar da premiada produção para crianças e adolescentes, a principal parte da obra de Rachel de Queiroz está centrada em seus romances. De seus romances, o que recebe destaque é O Quinze, publicado em 1930. Além dele, a autora também escreveu:
Outros romances da autora são João Miguel (1932) e Dora, Doralina (1975). Rachel de Queiroz também escreveu as peças de teatro Lampião (1953), A beata Maria do Egito (1957) e Teatro (1995).
Por fim, as crônicas de Rachel foram reunidas em diversos livros, conforme listamos: A donzela e a moura torta (1948), 100 crônicas escolhidas (1958), O brasileiro perplexo (1964), O caçador de tatu (1967), As menininhas e outras crônicas (1976), O jogador de sinuca e mais historinhas (1980), As terras ásperas (1993) e Falso mar, falso mundo (2002).
O quinze (1930) é uma narrativa que conta a trajetória de Chico Bento e sua família. O protagonista, demitido de seu emprego de vaqueiro devido à seca de 1915, vê-se obrigado a migrar em busca de condições melhores.
Durante o romance, a família passa por diversas penúrias, enfrentando a miséria e a privação para chegar até o Recife. Apesar de chegarem ao destino almejado, a família não encontra condições de vida na região e, no final do romance, os sobreviventes da jornada migram para São Paulo para se tornarem mais uma família de imigrantes na capital paulista.
Posse da escritora Rachel de Queiroz na Academia Brasileira de Letras.
Rachel de Queiroz escreveu durante mais de meio século, e suas obras, a depender da época, apresentam algumas características que podem ser ressaltadas. No começo da carreira de escritora, principalmente no seu romance inaugural, O Quinze, nota-se uma forte tendência modernista regionalista, ou seja, a autora denuncia, em seu romance, a seca, a miséria e a sujeição dos mais pobres diante da ganância dos ricos.
A obra, inclusive, traz traços autobiográficos, já que a autora também se retirou com sua família do Ceará para o Rio de Janeiro, durante a forte seca que assolou o Nordeste brasileiro no ano de 1915.
Além do regionalismo, a autora também escreveu obras com forte teor político-partidário, caso do romance Caminho de Pedras, e, em outros casos, produziu livros com uma perspectiva mais intimista e psicológica, como em As três marias.
O substantivo desempenha distintas funções sintáticas, tais como: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc
As palavras sessão, seção e cessão são homófonas heterográficas, entenda.
Foi um dos principais autores realistas do século XIX, e uma de suas obras mais famosas é o romance O idiota.
A literatura africana em língua portuguesa é dividida em três fases: colonização, pré-independência e pós-independência.
Consistem nas figuras de linguagem em que há o emprego de palavras com um sentido conotativo ou figurado