A Dissertação Subjetiva

Por Vânia Maria do Nascimento Duarte

Primeiramente, não compartilharemos de forma imediata com as questões teóricas concernentes ao assunto em evidência sem antes discorrermos, mesmo que de forma sucinta, sobre a linguagem como meio de interação entre as pessoas.

Seja na fala ou na escrita, quando nos propomos a praticá-la somos norteados por objetivos distintos, dentre eles: informar, relatar sobre algo, instruir, expressar sentimentos, expor opiniões, entreter, entre muitas outras finalidades.

E partindo de tais finalidades a que se propõe o discurso é que podemos classificar os textos, sendo estes dotados de características próprias, os quais se materializam por meio dos inúmeros gêneros textuais que circundam o nosso cotidiano.

Referindo-nos às características que lhes são peculiares, os textos se perfazem basicamente pelas seguintes classificações: narrativo, descritivo e dissertativo. Atendo-nos de maneira específica ao dissertativo, este, por sua vez, consiste na postura assumida pelo emissor em revelar suas opiniões, com vistas a expor seu pensamento crítico acerca de um determinado assunto ora em discussão.

O aspecto relevante que nutre essa modalidade textual é a argumentação, uma vez que a intenção do emissor ao se posicionar frente a uma ideia em discussão tem por objetivo convencer o interlocutor, por meio de argumentos plausíveis, do seu ponto de vista.

Em virtude do caráter argumentativo, o texto dissertativo requer total objetividade no que se refere à linguagem, que deve ser clara, coerente e precisa, conferindo-lhe um tom universal, ou seja, isentando-se de qualquer envolvimento por parte de quem o redige.

Até então enfatizamos sobre as regras que regem uma dissertação. Mas como quase toda regra tem lá suas exceções, o texto em questão não fugiu dessa ocorrência. Desta feita, referimo-nos à chamada “dissertação subjetiva”.

Trata-se de um texto em que prevalece a mesma intenção anteriormente discutida – a de convencer o interlocutor sobre algo. Agora entretanto, retratada por uma abordagem de cunho mais pessoal, passível de uma linguagem mais subjetiva, na qual sentimentos e emoções poderão prevalecer. Será permitido para tal que o emissor se utilize de verbos na 1ª pessoa do singular, como também o discurso, por vezes impregnado de impressões pessoais, certamente nos revele uma certa conotação.

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