As conjunções coordenativas são responsáveis por unir dois ou mais termos que exerçam a mesma função sintática e morfológica, por exemplo, substantivos que sejam sujeitos. Além disso, elas têm a função de conectar duas orações independentes, isto é, cuja compreensão do sentido de uma dispensa a observação da outra.
Importante observar que as conjunções, ao promoverem essas ligações, contribuem para a construção do teor das orações envolvidas, de modo que elas podem ser classificadas como:
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Tipos de conjunções coordenativas |
Conjunções mais recorrentes |
Aditiva |
E, nem, não só, mas também. |
Adversativa |
Mas (sempre no início da oração), porém, entretanto, no entanto, contudo, todavia, não obstante. |
Alternativa |
Ou… ou (pode vir duplicada ou não), ora… ora, quer… quer, seja… seja, nem… nem. |
Conclusiva |
Portanto, logo, assim, pois (após o verbo), por conseguinte, por isso, diante disso (repare que as três últimas são locuções conjuntivas, ou seja, mais de uma palavra exerce o papel de conjunção). |
Explicativa |
Porque, que, porquanto, pois (antes do verbo). |
→ Conjunções aditivas: expressam soma. A conjunção permite que à primeira oração seja acrescida uma informação.
Exemplos
→ Conjunções adversativas: estabelecem uma oposição ou um contraste entre a ideia presente na primeira oração e a que consta na segunda.
Exemplos
→ Conjunções alternativas: denotam uma alternância de ideias. Também manifestam a exclusão de um pensamento em prol da ascensão de um outro.
Exemplos
→ Conjunções conclusivas: estabelecem uma consequência em relação ao que consta na oração anterior. Além disso, introduzem o sentido de fechamento de uma ideia.
Exemplos
→ Conjunções explicativas: apresentam um motivo, uma razão, ou seja, uma das frases justifica o conteúdo da outra.
Veja também: Onde ou aonde?
Apesar de as conjunções coordenativas assumirem majoritariamente determinados sentidos, elas podem revestir-se de outros significados, conforme o contexto no qual são inseridas. Veja, a seguir, alguns casos que comprovam essa afirmação:
Trabalhou muito e não ganhou dinheiro.
(Oposição)
Construiu uma casa e mudou-se para lá.
(Consequência/conclusão)
O homem é bonito, e muito bonito!
(Explicação enfática)
E a Marlene, tem notícias dela?
(Situação/assunto)
Passou o pincel no rosto e maquiou-se com cores fortes.
(Finalidade)
A festa terá comida, mas em pouca quantidade.
(Restrição)
Mas e a casa? Terminou de reformá-la?
(Situação/assunto)
Estava faminto, mas bebia água para enganar a fome.
(Atenuação)
Brigou com a esposa, mas arrependeu-se e não voltou a atormentá-la.
(Retificação)
As conjunções são palavras que, assim como os advérbios e preposições, fazem parte de uma classe, conforme os linguistas nomearam, heterogênea, tendo em vista a diversidade de funções e formas que elas desempenham. Além disso, todas têm em comum o fato de serem palavras tidas como invariáveis, ou seja, mantêm as suas estruturas fonéticas (sons) e gráficas (escrita) intactas, já que não se modificam para adequar-se ao gênero, número, grau, pessoa e tempo.
Dada a presença dessas características tanto nas conjunções quanto nas preposições e nos advérbios, é necessário conceituar o primeiro caso, permitindo que ele se diferencie dos demais. Assim, conjunção é um vocábulo que estabelece uma conexão entre orações ou entre palavras, desde que elas estejam na mesma oração e exerçam funções sintáticas iguais.
As conjunções podem ser divididas em: subordinativas, as quais conectam duas orações, sendo que uma delas é fundamental para a construção do sentido completo da outra; e coordenativas, que ligam elementos independentes, ou seja, unem orações ou termos de idêntica função gramatical detentores de sentido completo.
1 – (FGV – Adaptada) O mesmo tipo de conjunção que substitui os dois pontos em "E, apesar das promessas de que o crescimento do PIB reduziria a pobreza, as desigualdades econômicas mantêm-se: a cada US$ 160 milhões produzidos no mundo, só US$ 0,60 chega efetivamente aos mais pobres." pode ser aplicado em:
a) Os ecoeconomistas só alimentam um propósito: poupar os recursos ambientais.
b) Hugo Penteado disse: “a Terra é finita e a economia clássica sempre ignorou essa verdade elementar”.
c) Os ecoeconomistas apontam os vícios das empresas: o desperdício de matérias-primas, o estímulo ao consumismo e a obsolescência programada.
d) A ecoeconomia não é exatamente nova: seus princípios exponenciais começaram a surgir na década de 1970.
e) Paulo Durval Branco foi enfático ao afirmar: “as empresas vêm repetindo a palavra sustentabilidade como um mantra”.
Resolução
Alternativa d. Os dois pontos presentes no enunciado da questão e na alternativa d podem ser substituídos pela conjunção "pois" ou "porque", tendo em vista que as afirmações que sucedem tal pontuação têm a função de explicar o que foi dito.
2 – (Ufal – Adaptado) Analise o uso das conjunções destacadas no seguinte trecho: “A língua, no entanto, é objeto privilegiado nessas discussões porque é o meio coletivo básico e, por assim dizer, universal de expressão.” Acerca desses usos, é correto afirmar que:
a) A primeira conjunção foi selecionada por carregar valor conclusivo; a segunda, por introduzir uma explicação.
b) A conjunção "no entanto" tem valor condicional, sendo equivalente a "contanto"; já a conjunção "porque" exprime causalidade.
c) A primeira conjunção presta-se perfeitamente a expressar o valor opositivo que o autor queria dar às suas ideias; a segunda expressa uma causa.
d) A primeira conjunção "no entanto", de valor temporal, tem posição móvel no enunciado; a segunda conjunção "porque", de valor explicativo, tem posição fixa.
e) Ambas as conjunções têm valor conclusivo no trecho apresentado, por isso estão colocadas no fechamento do texto.
Resolução
Alternativa c. A primeira conjunção assume o valor opositivo que o autor pretendeu dar às suas afirmações, e a segunda apresenta uma causa.
O substantivo desempenha distintas funções sintáticas, tais como: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc
As palavras sessão, seção e cessão são homófonas heterográficas, entenda.
Foi um dos principais autores realistas do século XIX, e uma de suas obras mais famosas é o romance O idiota.
A literatura africana em língua portuguesa é dividida em três fases: colonização, pré-independência e pós-independência.
Consistem nas figuras de linguagem em que há o emprego de palavras com um sentido conotativo ou figurado