Linguagem literária e não literária
A linguagem literária se preocupa com a forma que a mensagem é passada; a linguagem não literária se preocupa com a transmissão da informação de forma clara e objetiva.
Por Mariana Carvalho Machado Cortes

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Linguagem literária e não literária são tipos de linguagens com características distintas. A linguagem literária tem uma preocupação com a forma que são utilizados os recursos linguísticos, que podem ser lexicais, sintáticos, morfológicos ou semânticos. Ela explora a subjetividade, o sentido conotativo e a liberdade de possibilidades que a língua pode oferecer em suas articulações.
Já a linguagem não literária se preocupa com a funcionalidade na transmissão da mensagem e está focada na objetividade, no sentido denotativo e no uso de uma linguagem mais convencional e, portanto, mais clara.
Leia também: Sentido conotativo x sentido denotativo — qual a diferença?
Resumo sobre linguagem literária e não literária
- Linguagem literária e não literária são linguagens com características distintas.
- A linguagem literária se preocupa com a forma que o texto é transmitido.
- A não literária visa majoritariamente a uma transmissão de informação.
- A linguagem literária explora a liberdade na linguagem e não apresenta uma funcionalidade prática.
- Nela, utiliza-se majoritariamente o sentido conotativo.
- Explora a subjetividade na linguagem.
- Já a linguagem não literária utiliza uma forma mais convencional na linguagem.
- Apresenta uma função na transmissão da mensagem.
- Nela, utiliza-se majoritariamente o sentido denotativo.
- Foca na objetividade na linguagem.
- São exemplos de textos que utilizam a linguagem literária: o poema, a crônica e a música.
- São exemplos de textos que utilizam a linguagem não literária: a notícia, a receita e o artigo.
- O texto não literário é o produto discursivo já elaborado e a linguagem não literária é a maneira que o código é utilizado.
O que é linguagem literária e não literária?
A diferença entre linguagem literária e não literária é uma discussão que ocorre desde as primeiras reflexões sobre a literatura e nunca houve uma resposta que encerrasse o assunto, uma vez que um texto é um produto cultural, que pode ser visto de formas diversas por sociedades diferentes. No entanto, alguns teóricos compilaram definições que podem ajudar a delimitar tal fronteira.
Uma das principais diferenças se encontra na preocupação com a forma. Sendo assim, a linguagem literária é aquela que apresenta preocupação com a estética do texto; enquanto a não literária visa majoritariamente a uma transmissão de informação.
Características das linguagens literária e não literária
As características da linguagem literária se caracterizam principalmente devido a uma liberdade no uso da língua, e a não literária remete a um uso mais convencional da língua. Abaixo há algumas características que exploram a especificidade dessas linguagens:
→ Características da linguagem literária
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Preocupação com a forma
A linguagem literária se preocupa mais com a forma, ou seja, com o modo que o texto é construído, do que com a informação que está sendo transmitida. Esta também é importante, porém deve ser trabalhada por recursos estéticos, como ocorre na poesia, em que há o uso de rimas e de métrica regular.
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Liberdade na linguagem
A linguagem literária é caracterizada por explorar as possibilidades de recurso da linguagem, experimentando diferentes formas de uso em diversos gêneros textuais. Na linguagem literária, pode haver, por exemplo, a criação de novas palavras e formações sintáticas não convencionais.
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Inutilidade
Um conceito muito trabalhado por diversos autores é o caráter inútil da linguagem literária. Isso quer dizer que ela não precisa ter um propósito funcional, uma vez que não está ligada à transmissão de informações objetivas. A literatura em si já é o propósito.
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Sentido conotativo
É importante dizer que a linguagem não literária também pode apresentar um uso conotativo, mas a diferença é que a linguagem literária explora esse uso conotativo, utilizando-se ricamente de figuras de linguagem e de ficcionalização.
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Subjetividade
A linguagem não literária também apresenta marcas de subjetividade, porém ela não é explorada da mesma forma que na linguagem literária, uma vez que nesta há recursos que podem aprofundar a subjetividade dos sujeitos na poesia ou na narração, como o uso do fluxo de consciência e do discurso indireto livre.
→ Características da linguagem não literária
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Preocupação com a transmissão de informação
Enquanto a linguagem literária está preocupada com o modo que o texto é elaborado, a não literária está preocupada com a transmissão da informação, que precisa ser passada de maneira clara, de modo que a mensagem seja transmitida da forma mais efetiva possível.
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Uso da linguagem convencional
Na medida em que a linguagem não literária não está centrada na forma do uso da língua, ela está associada a um uso mais convencional da linguagem, já que é mais importante a clareza das informações, logo, um formato mais usual é bem-vindo.
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Funcionalidade
A linguagem não literária é utilizada para transmitir mensagens com propósitos específicos, como informar, argumentar ou persuadir; logo, ela tem como característica ser mais funcional, de maneira a atingir o seu objetivo.
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Sentido denotativo
Como o sentido denotativo transmite informações mais claras, ele é muito mais utilizado na linguagem não literária, já que as mensagens podem ser passadas de forma mais efetiva. Esse sentido permite, portanto, que não haja muita divergência de compreensão da mensagem, característica que muitas vezes é bem-vinda na linguagem literária.
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Objetividade
As características de um texto objetivo são: a transmissão de informações, o uso do sentido denotativo e a aproximação com a realidade. Assim, é claro perceber que a objetividade é mais comum na linguagem não literária, já que, nesta, a clareza das informações é uma demanda. Além disso, há um distanciamento dessa linguagem com a ficcionalização, logo, ele se refere a questões mais próprias da realidade.
Veja também: Quais são as funções da linguagem?
Linguagem não literária x linguagem literária
Para compilar as características e perceber a diferença entre a linguagem não literária e a literária, segue o quadro abaixo:
Linguagem não literária |
Linguagem literária |
Preocupa-se com a transmissão de informação. |
Preocupa-se com a forma. |
Liberdade na linguagem |
Uso convencional da linguagem |
Funcionalidade |
“Inutilidade” |
Sentido denotativo |
Sentido conotativo |
Objetividade |
Subjetividade |
Exemplos de linguagem literária e não literária
Para ilustrar o uso das linguagens literária e não literária, é importante perceber como elas funcionam em diferentes gêneros. A escolha dos gêneros textuais já é um direcionamento para o tipo de linguagem que será utilizado, já que eles definem a finalidade do texto e as suas características específicas.
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Exemplo 1: Notícia
Começa prazo de 28 dias para Brasil ficar livre de gripe aviária, se não tiver novos casos
Desinfecção da granja de Montenegro (RS) terminou na quarta-feira (21). O fim do prazo não significará que todos os mercados que pararam de comprar se abrirão imediatamente, disse o governo.
O trabalho de desinfecção da granja de Montenegro (RS) atingida por gripe aviária terminou na quarta-feira (21) e, a partir desta quinta (22), se o Brasil não registrar nenhum outro caso em granjas em 28 dias, pode se declarar livre da doença.
O fim do prazo “não significa que todos os mercados se abrirão imediatamente”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na última segunda-feira (19), quando explicou o passo a passo. [...]
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos, disse o Ministério da Agricultura. O Brasil nunca teve um caso de gripe aviária em humanos. O prazo de 28 dias, chamado de vazio sanitário, corresponde ao ciclo do vírus H5N1. Segundo o governo, esse é um tempo essencial para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades na granja. Isso contribuir para a contenção da doença e a segurança sanitária da avicultura na região.
O trabalho de desinfecção limpeza e desinfecção da área em Montenegro começou no dia 16 de maio, quando foi o caso foi divulgado.[...]
Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2025/05/22/brasil-ficara-gripe-aviaria-se-nao-tiver-novos-casos-em-28-dias.ghtml
A notícia utiliza a linguagem não literária uma vez que o seu propósito é justamente transmitir informações de maneira clara e objetiva, já que relata fatos da realidade para atualizar o leitor sobre os acontecimentos do mundo ao seu redor. Dessa forma, características como o uso prioritário do sentido denotativo e o uso de uma linguagem padrão são importantes para que o foco seja a compreensão das ações que são passadas no texto.
O primeiro parágrafo, chamado de lead, é responsável por passar os detalhes do acontecimento, de maneira a aprofundar e a contextualizar o fato, a fim de que este seja transmitido da maneira mais efetiva possível.
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Exemplo 2: Receita de panqueca
Ingredientes
Massa
3 xícaras (chá) de leite
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
4 ovos
3 colheres (sopa) de óleo
2 colheres (café) de sal
1 colher (café) de fermento em pó
Manteiga ou óleo para untar a frigideira
Recheio
1 kg de patinho moído
1 cebola média bem picadinha
2 dentes de alho picadinhos ou espremidos
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 tomates bem picadinhos
3 colheres (sopa) de azeitona verde picada
1/2 xícara (chá) de água fervente
4 colheres (sopa) de azeite
Sal e pimenta-do-reino moída na hora a gosto
2 colheres (sopa) de salsinha picadinha
Preparo
Bata todos os ingredientes da panqueca até o creme ficar liso. Deixe descansar de 20 a 30 minutos em temperatura ambiente. Com a ajuda de um papel toalha, unte uma frigideira de fundo plano com aproximadamente 20 cm de diâmetro e leve ao fogo médio. Dê uma mexida na massa delicadamente. Despeje uma concha da massa na frigideira em movimentos circulares até cobrir todo o fundo. Quando as bolhas começarem a aparecer e a panqueca soltar do fundo da frigideira, vire com uma espátula para dourar do outro lado. Repita a sequência com o restante da massa, sempre untando o fundo de frigideira a cada disco.
[...]
Disponível em: https://www.estadao.com.br/paladar/receita/panqueca-de-carne/ (adaptada)
O gênero receita utiliza a linguagem não literária uma vez que as informações precisam ser claras e mostrar uma funcionalidade clara: ensinar os leitores a fazerem uma receita específica. Por isso, as ideias precisam ser claras; o sentido, denotativo; as ideias, ligadas com a realidade; e as mensagens, transmitidas de forma mais objetiva possível para que os leitores consigam entender da forma mais rápida a fim de executarem as ações com facilidade.
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Exemplo 3: Poesia
Experimentando a manhã dos galos
... poesias, a poesia é
— é como a boca
dos ventos
na harpa
nuvem
a comer na árvore
vazia que
desfolha a noite
raíz entrando
em orvalhos...
os silêncios sem poro
floresta que oculta
quem aparece
como quem fala
desaparece na boca
cigarra que estoura o
crepúsculo
que a contém
o beijo dos rios
aberto nos campos
espalmando em álacres
os pássaros
— e é livre
como um rumo
nem desconfiado…
(Manoel de Barros)
A linguagem literária é intrínseca ao gênero poema, uma vez que este se define como um texto que se preocupa com a forma que a linguagem é elaborada e utiliza recursos que lhe são próprios, como rimas e versos.
Enquanto os textos da linguagem não literária se preocupam em deixar as informações o mais claras possível, o poema procura passar sentidos enigmáticos, de maneira que o leitor tenha a sua própria interpretação. Para isso, utiliza a metáfora, um recurso próprio da linguagem literária, para fazer associações que deslocam os sentidos usuais e criam novos significados.
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Exemplo 4: Crônica
A COMPLICADA ARTE DE VER
(Rubem Braga)
Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões — é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."
Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
[...]
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.
[...]
A crônica de Rubem Braga fala sobre a diferença entre um olhar convencional e um olhar poético, utilizando-se de metáforas que elucidam o seu ponto de vista. Da mesma forma ocorre com a diferença entre a linguagem não literária, mais relacionada ao cotidiano e a um uso recorrente, como o olhar inicial da mulher mencionada na câmera; e a linguagem literária, mais distante do real e relacionada a um uso original dos sentidos e do recurso da língua.
- Exemplo 5: Música
CONSTRUÇÃO
(Chico Buarque)
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego.
[...]
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado (...)
É típico do gênero música utilizar a linguagem literária para a elaboração de seus textos, uma vez que nele a presença de rimas e da separação em versos é comum. As músicas de Chico Buarque são conhecidas por explorer, ainda mais, os recursos da linguagem literária em suas letras.
Em “Construção”, ocorre um jogo de paralelismo sintático, em que há a repetição do mesmo padrão da frase e a troca entre os termos sintáticos, o que permite a reelaboração da narrativa. Assim, o uso da linguagem literária é feito por meio do uso não convencional das construções sintáticas, ao elaborar-se a ficcionalização da história.
Diferenças entre linguagem não literária e texto não literário
O texto não literário está relacionado ao gênero textual próprio daquele texto. São gêneros textuais não literários a notícia, o e-mail, a receita, a bula, o anúncio, o artigo etc. Esses são os produtos finais que são elaborados por meio de um uso específico da linguagem o qual é caracterizado por ser não literário.
A linguagem não literária é, portanto, o modo que ela é utilizada no texto e trata sobre os recursos que são utilizados nesse uso, como a objetividade, o sentido denotativo da linguagem, o seu caráter funcional etc. O texto é, portanto, o discurso elaborado em um contexto de produção e de recepção específica, e a linguagem não literária refere-se à maneira que ela é utilizada dentro desses textos.
Saiba mais: Estilística — área que estuda os recursos expressivos da língua
Exercícios resolvidos sobre linguagem literária e não literária
1. (Cetro) Em sala de aula, uma professora pergunta aos seus alunos do 1º ano do Ensino Médio: o que caracteriza a linguagem literária e o que caracteriza a linguagem não literária? A professora fez esse questionamento com o intuito de introduzir a aula, revisar o que já aprenderam e avançar em relação aos conhecimentos. Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta a única resposta incorreta dada pelos alunos.
- A linguagem literária é subjetiva e a não literária é objetiva.
- A linguagem literária é conotativa e, na não-literária, as palavras são usadas com valor denotativo.
- Na linguagem literária, os elementos humanos são personagens e os textos são escritos em prosa ou em verso. Já, na linguagem não literária, também há personagens e os textos estão sempre em prosa.
- Na linguagem literária, há a ficção e, na não literária, o autor pretende representar a realidade em seus registros.
- Todo texto literário tem função poética, pois há, por parte do autor, preocupação artística na elaboração do texto, o que não ocorre no texto não literário.
GABARITO: C
A única alternativa incorreta seria a letra C, pois a linguagem não literária, a qual procura se aproximar mais da realidade, não utiliza personagens já que estes são elementos de narrativas ficcionais.
2. (Uece-CEV) Escreva (1) para o que caracteriza a linguagem literária e (2) para o que caracteriza a linguagem não literária.
( ) A essência da linguagem está na palavra, que é usada por escritores e poetas em todo o seu potencial significativo e sonoro, estabelecendo interação entre autor e seus leitores/ouvintes.
( ) Caracteriza-se pelo predomínio do sentido conotativo (ou figurado), que é aquele que as palavras e expressões adquirem em um dado contexto, quando o seu sentido literal é modificado.
( ) Caracteriza-se pelo predomínio do sentido denotativo (ou literal), que é aquele que a palavra e as expressões são tomadas em sua significação “básica”, a qual pode ser apreendida sem ajuda do contexto e do contexto.
( ) Linguagem típica de textos com função utilitária, ou seja, que têm como finalidade predominante satisfazer a alguma necessidade específica, como informar, argumentar, convencer, dentre outras.
A sequência correta, de cima para baixo, é
- 1, 1, 2, 2.
- 2, 2, 1, 1.
- 1, 2, 1, 2.
- 2, 1, 2, 1.
GABARITO: A
A primeira afirmativa relaciona-se à linguagem literária, pois esta refere a um aprofundamento no uso da palavra em sua sonoridade e em seus sentidos. A segunda afirmativa trata também da linguagem literária, caracterizada por usar principalmente o sentido conotativo. A terceira afirmativa fala sobre a linguagem não literária, pois esta é caracterizada pelo uso majoritário do sentido denotativo. A quarta afirmativa está relacionada à linguagem não literária, uma função mais utilitária da linguagem.
Fontes
PERRONE-MÓISÉS, Leyla. Mutações da literatura no século XXI. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
SARTRE, J-P. Que é Literatura? São Paulo: Editora Ática, 1989.