Os vícios de linguagem são desvios não intencionais da norma-padrão da língua, gerando problemas de entendimento do enunciado ou ruídos na comunicação. Estão relacionados a desvios de sintaxe, erros no emprego de uma palavra, pleonasmo não intencional, ambiguidade de sentido, entre outros problemas de comunicação.
Veja também: Hipérbato – figura de linguagem que consiste na inversão sintática
Os vícios de linguagem são desvios não intencionais da norma-padrão do idioma ou construções linguísticas inadequadas que geram problemas ou ruídos na comunicação. Os vícios de linguagem devem ser evitados em contextos formais e que exijam o uso da norma-padrão da língua portuguesa.
Agora, vejamos alguns dos principais vícios de linguagem com seus respectivos exemplos.
Solecismo é o desvio que envolve erros de sintaxe na construção de um trecho ou combinação de palavras, podendo ser de concordância, de regência, de colocação e de má estruturação.
Exemplos:
→ Concordância
“Meus irmão são muito briguentos.” em vez de “Meus irmãos são muito briguentos.”
→ Regência
“Cheguei na sua casa.” em vez de “Cheguei à sua casa.”
→ Colocação
“Ela não falou-me isso.” em vez de “Ela não me falou isso.”
Barbarismo é o desvio envolvendo erros no emprego de uma palavra, tratando de questões fonéticas (de som e de pronúncia), morfológicas (de ortografia e de flexões) ou semânticas (de sentidos e de significados).
Exemplos:
→ Pronúncia
“Rúbrica” em vez de “Rubrica” (sílaba tônica em “bri”)
→ Ortografia
“Ancioso” em vez de “Ansioso”
→ Sentido
“Eu assumi que o evento já tivesse acabado.” em vez de “Eu supus que o evento já tivesse acabado.”
Estrangeirismo é o uso de palavras, expressões e construções típicas de idiomas estrangeiros como se pertencessem à língua portuguesa. É natural a apropriação de certas palavras e expressões estrangeiras, mas a ocorrência desse fenômeno em excesso é tida como um vício de linguagem.
Exemplo:
“Esse filme, apesar de vintage, é muito trash. O pessoal diz que gosta pra se fazer de cool.”
O pleonasmo vicioso refere-se ao uso de termos redundantes de maneira não intencional, causando a repetição desnecessária de uma ideia.
Exemplos:
A ambiguidade ocorre quando é possível depreender mais de um sentido em um enunciado pelo fato de ele não ter uma construção adequada.
Exemplo:
“Preciso que você confirme se ele pode ir com a sua mãe.”
De quem é a mãe: de “você” ou “dele”? É para confirmar com a mãe se ele pode ir ou é para confirmar se ele pode ir com a mãe?
A cacofonia acontece quando a sequência de duas ou mais palavras gera um som desagradável e indesejado.
Exemplos:
O eco é o desvio em que, no enunciado, ocorre uma repetição não intencional de sons, gerando rimas que atrapalham o discurso.
Exemplo:
“Sem descanso, avanço descalço.”
Veja também: Assonância – figura de linguagem que consiste na repetição de sons vocálicos
O arcaísmo é caracterizado pelo uso de vocábulos ou construções arcaicas que caíram em desuso e não são mais válidas hoje em dia.
Exemplos:
Questão 1 – (Ufop) Qual o vício de linguagem que se observa na frase: “Eu não vi ele faz muito tempo”.
A) solecismo
B) cacófato
C) arcaísmo
D) barbarismo
E) colisão
Resolução
Alternativa A. O solecismo é caracterizado por erros de sintaxe. No enunciado, há desvio no uso do pronome com “eu vi ele” em vez de “eu o vi”.
Questão 2 – (Consesp) Assinale a alternativa em que não se verifica pleonasmo (vicioso ou estilístico).
A) É preciso encarar de frente os problemas da vida.
B) Vi com os olhos os preços dos remédios na tabuleta.
C) Chorei aquelas lágrimas terríveis e doloridas.
D) A brisa matinal da manhã soprou calma como nunca.
E) Pus fogo no monte de lenha.
Resolução
Alternativa E. Não há nenhum termo redundante no enunciado
O substantivo desempenha distintas funções sintáticas, tais como: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc
As palavras sessão, seção e cessão são homófonas heterográficas, entenda.
Foi um dos principais autores realistas do século XIX, e uma de suas obras mais famosas é o romance O idiota.
A literatura africana em língua portuguesa é dividida em três fases: colonização, pré-independência e pós-independência.
Consistem nas figuras de linguagem em que há o emprego de palavras com um sentido conotativo ou figurado