Os principais heterônimos de Fernando Pessoa são Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Bernardo Soares, e cada um deles possui características literárias próprias.
Os heterônimos de Fernando Pessoa são os autores criados por esse importante escritor português, nascido em 1888. Algumas de suas obras são assinadas por esses heterônimos, e cada um deles possui características específicas. Os mais famosos são os heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
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Os principais heterônimos de Fernando Pessoa são Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Bernardo Soares.
O primeiro heterônimo literário criado pelo autor foi Ricardo Reis, adepto do neoclassicismo e discípulo de Alberto Caeiro.
Bernardo Soares é autor do famoso Livro do desassossego, publicado, pela primeira vez, em 1982.
Álvaro de Campos é autor do poema Opiário.
O poeta português Fernando Pessoa nasceu em 1888 e faleceu em 1935, um ano depois de publicar seu livro Mensagem.
Os principais heterônimos de Fernando Pessoa (1888-1935) são:
Alberto Caeiro;
Álvaro de Campos;
Bernardo Soares;
Ricardo Reis.
Além deles, Fernando Pessoa também criou os seguintes heterônimos:
Alexander Search;
António Mora;
António Seabra;
Barão de Teive;
Carlos Otto;
Charles James Search;
Charles Robert Anon;
Coelho Pacheco;
Faustino Antunes;
Frederick Wyatt;
Frederico Reis;
Henry More;
I. I. Crosse;
Jean Seul;
Joaquim Moura Costa;
Maria José;
Pantaleão;
Pêro Botelho;
Raphael Baldaya;
Thomas Crosse;
Vicente Guedes.
A seguir, veja as características pessoais e literárias dos principais heterônimos de Fernando Pessoa.
Natural de Lisboa.
Nasceu em abril de 1889.
Cabelo louro.
Olhos azuis.
Altura mediana.
Formação primária.
Sem profissão definida.
Viveu em meio rural.
Morava com a tia-avó.
Autor de O guardador de rebanhos e de O pastor amoroso.
Faleceu em 1915.
A causa da morte foi tuberculose.
Poeta bucólico.
Defensor do sensacionismo.
Partidário do paganismo.
Escreveu textos com linguagem simples.
Era adepto do verso livre.
Sua poesia apresenta o locus amoenus.
Natural de Tavira.
Nasceu em 15 de outubro de 1890.
Cabelo liso, repartido de lado.
Magro.
Moreno.
1,75 de altura.
Usava monóculo.
Estudou na Escócia.
Formado em Engenharia.
Autor do poema Opiário.
Escritor modernista.
Era futurista.
Apoiava o sensacionismo.
Utilizava verso regular e livre.
Natural de Lisboa ou da cidade do Porto.
Nasceu em 19 de setembro de 1887.
Moreno.
Estudou em colégio de jesuítas.
Formado em Medicina.
Passou a morar no Brasil em 1919.
Monarquista.
Discípulo de Alberto Caeiro.
Epicurista.
Estoico.
Adepto do neopaganismo.
Sua poesia apresenta rigor formal.
Utilizava versos neoclássicos.
Os temas principais de seus poemas são a efemeridade e o amor.
Veja também: 5 poemas do heterônimo Ricardo Reis
Magro.
Rosto pálido.
Cerca de 30 anos.
Solitário.
Ar de sofrimento.
Equilibrado.
Observador.
Comia moderadamente.
Fumava.
Vivia em Lisboa.
Residia em um quarto alugado.
Era ajudante de guarda-livros.
Escrevia à noite.
Niilista.
Autor do Livro do desassossego.
Filiado ao modernismo.
Recorria a várias tendências estilísticas.
Seus textos são fragmentados.
Prosa confessional.
Chevalier de Pas foi o primeiro heterônimo criado por Fernando Pessoa, ainda na infância. O poeta tinha apenas seis anos de idade quando começou a se corresponder com esse tal de Chevalier. Eram cartas de cunho fictício, é claro, pois o menino já brincava de ser escritor, o que de fato seria pelo resto de sua vida.
Portanto, a criação de heterônimos surgiu de forma natural e, mais tarde, passou a fazer parte do universo ficcional do escritor já adulto. Desse modo, Ricardo Reis foi criado por volta de 1912, sendo o primeiro heterônimo literário de Pessoa. Depois dele, vieram muitos outros. Segundo o próprio autor, não houve um motivo para criar tais heterônimos.
Eles integram o mundo ficcional desse famoso escritor português. E essa sua capacidade criativa é admirada e valorizada por todos os estudiosos de literatura. Assim, a espontaneidade marca o surgimento dos heterônimos de Pessoa e os aproxima do caráter enigmático que cerca as obras de arte.
O escritor português Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, no dia 13 de junho de 1888. Porém, em 1896, passou a viver na África do Sul, em companhia da mãe e do segundo marido dela. Nove anos depois, estava de volta a Portugal, onde iniciou curso de Letras, além de fundar uma editora. Não terminou o curso superior, já a editora foi à falência.
Passou então a se dedicar à escrita literária. Em 1915, publicou textos na revista modernista Orpheu. Já em 1918, publicou seus dois primeiros livros, ambos em inglês. Somente em 1934 publicou seu primeiro livro em português — Mensagem. O autor faleceu em 30 de novembro de 1935, em Lisboa.
Crédito de imagem
[1] Carlos Bottelho / Wikimedia Commons (reprodução)
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O substantivo desempenha distintas funções sintáticas, tais como: sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc
As palavras sessão, seção e cessão são homófonas heterográficas, entenda.
Foi um dos principais autores realistas do século XIX, e uma de suas obras mais famosas é o romance O idiota.
A literatura africana em língua portuguesa é dividida em três fases: colonização, pré-independência e pós-independência.
Consistem nas figuras de linguagem em que há o emprego de palavras com um sentido conotativo ou figurado