Classes de palavras

Por Diogo Berquó

Ao todo, são dez as classes de palavras:

  • substantivo (nomeiam);

  • adjetivos (caracterizam);

  • artigos (acompanham os substantivos, indefinindo ou definindo-os);

  • numerais (quantificam e posicionam);

  • pronomes (substituem ou acompanham termos);

  • verbos (materializam ações, estados, fenômenos);

  • advérbios (circunstanciam);

  • interjeições (expressam sensações humanas);

  • conjunções (unem palavras e orações, coordenando ou subordinando-as);

  • preposições (conectam termos).

As seis primeiras categorias modificam as suas formas, conforme o contexto de uso, mas as demais se mantêm intactas, independentemente da situação na qual elas estejam.

As classes de palavras são categorias gramaticais que visam organizar o vocabulário de acordo com as funções e estrutura das palavras.
As classes de palavras são categorias gramaticais que visam organizar o vocabulário de acordo com as funções e estrutura das palavras.

Tipos de classes de palavras

→ Palavras variáveis

Os substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes e verbos são palavras variáveis, pois têm a constituição modificada para marcar alguns elementos gramaticais, como o

  • gênero (masculino/feminino);

  • número (singular/plural);

  • pessoa (primeira, segunda e terceira);

  • tempo (pretéritos, presente, futuros);

  • modo (indicativo, subjuntivo, imperativo).

→ Palavras invariáveis

Os advérbios, as preposições, as conjunções e as interjeições são palavras invariáveis, já que não comportam transformações em suas formas.

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Substantivo

Substantivo é uma classe gramatical cuja função é nomear os seres em geral. Apesar de essa conceituação estar presente em vários locais, há que se destacar a sua incompletude, já que o substantivo pode também ser responsável por denominar:

  • ações (abraço, chute);

  • postulados físicos (inércia);

  • aspectos emocionais e psicológicos (covardia, esquizofrenia, ansiedade, amor, ódio);

  • elementos socioculturais (pobreza, inteligência), entre outros.

→ Classificações dos substantivos

  • Comum: é responsável por nomear a generalidade dos seres da mesma espécie, dos elementos abstratos, dos objetos e dos fenômenos da natureza.

Exemplos: casa, ódio, neve.

  • Próprio: faz referência a um ser específico.
    Exemplos: Maria, Panela de Barro Restaurante (no caso, panela de barro identifica um restaurante determinado).

  • Primitivo: termos que não se originaram de outros existentes na mesma língua.
    Exemplos: maçã, porta, livro.

  • Derivado: palavras que provêm de outras.
    Exemplos: macieira (árvore) – maçã (fruta), portaria – porta, livreiro – livro.

  • Simples: são constituídos por apenas um radical (parte da palavra que carrega o sentido principal dela).
    Exemplos: garrafa, tênis, feijão.

  • Compostos: têm mais de um radical em sua estrutura.
    Exemplos: beija-flor, passatempo (verbo passar + substantivo tempo).

  • Concreto: nomeiam seres de existência própria, isto é, figuras independentes que fazem parte de um universo real ou imaginário.
    Exemplos: caneta, vampiro (entidade), São Paulo (cidade), Ministério da Saúde (instituição).

  • Abstrato: designam qualidades, ações, sentimentos, estados, sensações.
    Exemplos: soberba, riso, solidão, juventude, conforto.

Veja também: Substantivos coletivos – substantivos que correspondem a um agrupamento de elementos semelhantes

Artigo

O artigo é a palavra que precede os substantivos a fim de determiná-los, tanto de maneira particular, por meio do uso de o, a, os, as, quanto de modo vago, ao utilizar um, uma, uns, umas.

→ Classificações dos artigos

  • Definido: individualiza o substantivo, ou seja, leva o interlocutor a saber do que se trata especificamente.

Exemplos:

- O amor de Antônia era forte (não é qualquer amor, sabe-se que é um específico).

- A história revelará a verdade (refere-se à história da humanidade).

- Os bandidos atacaram novamente (sabe-se que são as mesmas pessoas que cometeram os crimes).

- As rosas do jardim estão secas (o sujeito que fez tal afirmação fez menção a determinadas flores).

  • Indefinido: generaliza o substantivo.

Exemplos:

- Falta um cantor para completar o espetáculo (pode ser o João, o José, o Miguel, qualquer um que cante).

- Gostaria de saber se há uma lanchonete na região (no caso, a pessoa não especificou qual a lanchonete, podendo ser a do João, a da Maria, entre outras)

- Em cima da mesa, estão uns biscoitos (a informação impossibilita saber a marca, o tipo das bolachas).

- Seria ótimo conhecer umas atrizes famosas (não se sabe quais atrizes são).

Adjetivo

O adjetivo é uma palavra ou locução (iniciada por preposições: de, em, com, sem) que confere características, estados, qualidades aos seres. Também pode instituir relações de tempo, de espaço, de finalidade, de procedência com o substantivo.

Exemplos:

- Banca de revistas (locução adjetiva)

- Avaliação semanal (tempo)

- Cidade estrangeira (espaço)

- Vinho chileno (procedência)

- Emergência ortopédica (finalidade)

→ Classificações dos adjetivos

  • Primitivos: não advêm de outro termo existente na língua e possuem apenas um radical. Ressalta-se que existem poucos adjetivos primitivos.

Exemplos: azul, roxo, verde, branco, grande, escuro, liso, feliz, triste.

A maior parte dos adjetivos primitivos são cores.
A maior parte dos adjetivos primitivos são cores.
  • Derivados: são originados de outras palavras. Assim, são acrescentados afixos (partes das palavras que carregam um sentido complementar ao principal, por exemplo, infeliz, em que o in significa não) ao radical.

Exemplos:

- desfavorável - favor

- esverdeado - verde

- europeia - Europa

  • Simples: tem apenas um radical.
    Exemplos: azul, desfavorável, escuro.

  • Compostos: possuem mais de um radical.
    Exemplos: amarelo-canário, sociopolítico.

Veja também: Adjetivo ou advérbio?

Numeral

O numeral é responsável por quantificar, de forma exata, os seres (pessoas, objetos, entre outros). Além disso, também tem a função de identificar a posição ocupada por um ser em um contexto específico.

→ Classificações dos numerais

  • Cardinais: apresentam o número preciso de algo. Destaca-se o fato de que, mesmo que os numerais sejam considerados palavras variáveis, nesta categoria, apenas o termo um, o dois e os referentes às centenas a partir de duzentos são modificados.

Exemplos:

- Encontrei apenas um lápis no estojo.

- Na sala de cirurgia, havia uma enfermeira e quatro médicos.

- Recebi duzentas moedas.

  • Ordinais: conforme a própria palavra já anuncia, diz respeito à ordem, assim sempre se estabelecerá uma relação entre vários seres.

Exemplos:

- O segundo a alcançar a linha de chegada é goiano.

- É a milésima vez que digo isso.

Pronome

O pronome, além de estabelecer quais são os seres que fazem parte diretamente da interlocução (1ª e 2ª pessoas), ainda são empregados para indicar os demais presentes no discurso (3ª pessoa), ou seja, essa classe gramatical faz referência a quem fala, com quem se fala e a de quem ou do que se fala. Diante dessa característica, normalmente substituem os substantivos.

Exemplo:

Luíza (substantivo) comprou um carro. Agora, ela (pronome) chega mais rapidamente aos lugares.

→ Classificações dos pronomes

 

Caso reto

(função de sujeito)

Caso oblíquo

(função de complemento)

 

 

Átonos

(sem preposição)

Tônicos

(com preposição)

Singular

eu

me

mim

Singular

tu

te

ti

Singular

ele/ela

se, o, a, lhe

si, ele/ela

Plural

nós

nos

nós

Plural

vós

vos

vós

Plural

eles/elas

Se, os, as, lhes

si, eles/elas


Exemplos:

- Eu fui ao shopping hoje.

- Os professores nos auxiliaram a entender a matéria.

- A informação não foi enviada a eles.

  • Pronomes possessivos: determinam uma relação de posse, de algo pertencente às pessoas do discurso.

 

Um possuidor

Vários possuidores

 

Um objeto

Vários objetos

Um objeto

Vários objetos

1ª pessoa

Meu/minha

Meus/minhas

Nosso/nossa

Nossos/nossas

2ª pessoa

Teu/tua

Teus/tuas

Vosso/vossa

Vossos/vossas

3ª pessoa

Seu/sua

Seus/suas

Seu/sua

Seus/suas


Exemplos:

- Nossas férias foram especiais.

- João, onde está a sua tarefa?

  • Pronomes demonstrativos: são utilizados para determinar as distâncias tanto físicas quanto cronológicas de algo em relação às pessoas do discurso.

Variáveis

Invariáveis

este, esta, estes, estas

isto

esse, essa, esses, essas

isso

aquele, aquela, aqueles, aquelas

aquilo


Exemplos:

- Este joelho só serve para doer. (proximidade de quem fala)

Para se referir ao celular, o homem deve utilizar o pronome “este”.
Para se referir ao celular, o homem deve utilizar o pronome “este”.

- Finalmente chegou esta hora. (atualidade)

- O grande acontecimento de hoje foi este: ir ao supermercado. (introduz uma ideia)

- Nossa, essa pulseira é linda. (proximidade de quem ouve)

- Nesse intervalo, eu fiz muitas coisas. (tempo que está imediatamente antes do presente)

- Comprei um celular, mas esse não funciona muito bem. (retoma uma informação)

- Você conhece aquela cachoeira? (distância tanto de quem fala quanto de quem ouve)

- Consegui construir um celeiro e um lago. Este ficou bem feito, entretanto aquele não. (elemento referido anteriormente a outro)

- Naquela década, as mulheres não podiam votar. (tempo distante)

Obs: contração da preposição em + pronome aquela = naquela.

Exemplos:

- Algum membro da plateia gostaria de falar?

- Todas as flores estão belíssimas durante a primavera.

- Certas pessoas não praticam os exercícios certos.

Pronome (antes do substantivo) adjetivo (depois do substantivo)

  • Pronomes relativos: iniciam novas orações ao substituírem um substantivo ou mesmo um pronome antecedente.

Exemplos:

- Visitamos a cidade onde minha avó mora.

- Fui eu quem escolheu a decoração.

- Caíram as ações cuja liquidez era tida como certa.

  • Pronomes interrogativos: são observados em frases ou orações interrogativas, sejam elas diretas, ou seja, cuja conclusão se dá por meio do uso de ponto de interrogação e o início mediante a colocação do pronome, sejam elas indiretas, isto é, terminadas por ponto-final e entremeadas pelos termos de teor questionador.

Exemplos:

- Quanto custa esta dúzia de bananas?

- Eu gostaria de saber quem teve a brilhante ideia de pintar a parede.

- Qual é o dia da Proclamação da República?

Veja também: Quando usar crase antes de pronomes?

Verbo

Os verbos são palavras que expressam uma ação, um estado, um fenômeno, os quais se encontram situados cronologicamente. Essa classe de palavras é uma das que mais flexiona, pois se adapta à pessoa, ao número, ao tempo, ao modo, além de conter as formas nominais.

→ Formas nominais

  • Infinitivo: expressa o fato verbal em si, portanto não há pistas do início ou término da ação, estado ou fenômeno. Assim, adquire valor de substantivo.

Exemplo: Nadar é um ótimo esporte.

  • Gerúndio: determina o processo, ou seja, algo que está acontecendo no momento do discurso.

Exemplo: Victor está caminhando.

  • Particípio: marca a conclusão de um fato. Muitas vezes adquire valor de adjetivo.

O concurso não aceita os gabaritos preenchidos a lápis.

caracteriza gabaritos

→ Conjugações

  • 1ª conjugação: verbos terminados em -ar. Exemplos: cantar, beijar, mascarar.

  • 2ª conjugação: verbos terminados em -er. Exemplos: beber, comer, fazer.

  • 3ª conjugação: verbos terminados em -ir. Exemplos: partir, dividir, rir.

→ Modos

  • Indicativo: exprime certeza.

Exemplo: Eu paguei a conta da internet.

  • Subjuntivo: apresenta hipóteses, dúvidas.

Exemplo: Se eu quisesse, estudaria muito mais.

  • Imperativo: manifesta ordem, pedido, sugestão.

Exemplo: Faça a sua tarefa, Rodrigo.

→ Tempos

Presente: o instante no qual ocorre a ação verbal coincide com o do discurso.

Exemplo: Eu amo você.

Passado: o momento em que acontece a ação verbal é anterior ao do discurso.

- Pretérito perfeito: o fato exposto tem final bem delimitado e concluído antes de ser exteriorizado, por meio do uso da língua.

Exemplo: Eu corri durante a manhã de hoje.

- Pretérito imperfeito: o episódio exteriorizado pelo verbo não foi finalizado quando um novo aconteceu.

Exemplo: No momento em que começamos a ler, havia o barulho da reforma.

Além disso, também apresenta fatos passados que eram habituais.

Exemplo: Andrea cuidava de seus animais diariamente.

- Pretérito mais-que-perfeito: a ocorrência contida no verbo é anterior à outra que também é situada no passado.

Degustei a sobremesa feita pela Fernanda, mas, antes disso, eu comera um macarrão.

- Futuro do presente: indica episódios cujas ocorrências serão concretizadas depois da fala ou da escrita.

Exemplo: Amanhã viajarei para a praia.

- Futuro do pretérito: expressa um fato futuro, mas conectado a um segundo que está situado no passado.

Exemplo: A cabeleireira confirmou que viria agora.

→ Classificações dos verbos

  • Regulares: independentemente da conjugação, o verbo segue o paradigma, ou seja, mantém o seu radical, e as desinências (final da palavra) seguem um padrão.

Exemplos:

- Eu amo, tu amas, ele ama, nós amamos, vós amais, eles amam.

- Eu abraço, tu abraças, ele abraça, nós abraçamos, vós abraçais, eles abraçam.

Perceba que o radical am- e abraç- permanecem os mesmos, e as desinências coincidem entre os dois verbos.

  • Irregulares: não estão de acordo com o paradigma, assim podem sofrer modificação tanto o radical quanto as desinências.

Exemplo:

- Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem.

Observe que o radical faz foi modificado na conjugação da 1ª pessoa do singular: faço.

  • Anômalos: apresentam substanciais irregularidades em seus radicais.

Exemplo:

verbo ir – eu vou (presente do indicativo), eu ia (pretérito imperfeito do indicativo), eu fui (pretérito perfeito do indicativo), quando eu for (futuro do subjuntivo).

  • Defectivos: são verbos cuja conjugação não existe em determinadas pessoas do discurso.

Exemplo: eu chovo (inexistente).

  • Abundantes: apresentam mais de uma forma para uma flexão específica.

Exemplo: particípio de matar — matado e morto.

Acesse também: O que são verbos dicendi?

Advérbio

São palavras que se conectam aos verbos a fim de apresentar uma circunstância relativa à ação, estado, fenômeno verbal. Além disso, podem associar-se aos adjetivos, conferindo uma determinação das qualidades expressas por eles. Por fim, são capazes de se juntar a outros advérbios, o que desencadeia uma intensificação dos sentidos ali presentes.

→ Principais classificações dos advérbios

  • Modo: advérbios que acrescentam ao verbo, adjetivo ou a outro advérbio a maneira como aconteceu o que eles expressam.

Exemplos: bem, mal, assim, depressa, devagar, tranquilamente, facilmente.

- Rosana pegou rapidamente a vassoura.

  • Intensidade: constituem uma maximização ou minimização da ideia manifestada pelo termo a que se ligou.

Exemplos: muito, pouco, meio, bastante, ainda, bem, mal, quase, apenas.

- Jônatas gritou bastante no show.

  • Afirmação: confirmam a mensagem transmitida.

Exemplos: certamente, realmente, seguramente, sim, efetivamente.

- A classe desistiu realmente de fazer a atividade.

  • Negação: trazem uma ideia contrária à existente no verbo, adjetivo ou advérbio.

Exemplos: jamais, não, absolutamente.

- Não quero comer sanduíche.

  • Dúvida: transmitem uma incerteza relativa ao que está previsto na oração.

Exemplos: acaso, provavelmente, eventualmente, quiçá, talvez, porventura.

- O evento, provavelmente, será cancelado.

  • Tempo: situam a ação, a qualidade ou a circunstância no tempo.

Exemplos: amanhã, sempre, cedo, tarde, hoje, nunca, antes, depois, outrora, então, aí.

- Farei isso depois.

  • Lugar: marcam o local no qual ocorreu um episódio, ou onde se percebeu uma qualidade, ou circunstância.

Exemplos: lá, ali, aqui, aí, longe, onde, perto, abaixo, acima.

- Nossa, como você está longe de casa.

Leia também: Quais as diferenças entre adjetivo e advérbio?

Conjunção

Conjunção é um elemento gráfico, sonoro e semântico que estabelece uma união entre orações ou entre palavras, desde que estas exerçam idênticas funções sintáticas e estejam na mesma oração. Essa classe de palavras pode ser dividida em:

  • subordinativas: conecta duas orações, sendo uma delas fundamental para a construção do sentido completo da outra;

  • coordenativas: que liga elementos independentes, ou seja, une orações ou termos de idêntica função gramatical detentores de sentido completo.

→ Tipos de conjunções coordenativas

  • Aditiva: expressa soma.

Exemplo: Fui ao cinema e comi pipoca.

  • Adversativa: estabelece uma oposição entre as orações.

Exemplo: As crianças gostam do Natal, mas as famílias estão cada vez mais descrentes.

  • Alternativa: constrói uma alternância de ideias, mas também exclui uma para que a outra vigore.

Exemplo: Independência ou morte! (D. Pedro)

  • Conclusiva: introduz uma consequência e um fechamento do raciocínio desenvolvido na oração anterior.

Exemplo: Os cachorros brincaram na lama, portanto eles se sujaram.

  • Explicativa: apresenta uma justificativa.

Exemplo: Não assisto mais aos DVDs, pois vejo filmes on-line.

→ Tipos de conjunções subordinativas

  • Causais: insere a causa de um acontecimento presente na outra oração.

Exemplo: Reescreva este trecho da redação porque está confuso.

  • Condicionais: estabelece um requisito para a concretização de algo.

Exemplo: Se eu fizer exercícios físicos, emagrecerei.

  • Conformativa: expressa uma concordância.

Exemplo: Segundo a notícia do jornal, a pandemia gerou muitos mortos.

  • Concessiva: manifesta uma ideia que contrapõe a existente na oração anterior, mas não tem a força de anulá-la.

Exemplo: Só beberei água quando chegar em casa, embora esteja com sede.

  • Comparativa: faz um paralelo.

Exemplo: Tomás levanta da cama como um urso sai de sua toca no inverno.

  • Consecutiva: apresenta um desdobramento.

Exemplo: A opulência era tamanha que os olhos dela brilharam.

  • Proporcionais: constrói uma relação de igualdade entre os fatos contidos em cada uma das orações.

Exemplo: À medida que as pessoas desmatavam a floresta, crescia o buraco na camada de ozônio.

  • Temporais: expressa uma circunstância de tempo.

Exemplo: Quando o relógio apontar dez horas, tomarei o meu café.

  • Finais: expõe o objetivo de algo presente na outra oração.

Exemplo: Estude bastante para que você tenha sucesso.

Veja também: Que: conjunção integrante ou pronome relativo?

Preposição

A preposição é o termo que conecta duas outras palavras, construindo relações de sentido e dependência entre elas.

→ Classificação das preposições

  • Essenciais: exercem apenas a função de preposição.

Exemplos: a, ante, contra, de, entre, sob, sobre.

- A agenda está sobre a mesa.

- A filha de Antenor se retirou do recinto.

  • Acidentais: palavras de classes diversas que, às vezes, desempenham a função prepositiva.

Exemplos: como, conforme, mediante, segundo, senão, visto.

- Isabela vai à casa do namorado todos os dias, fora segunda-feira.

Interjeição

São as palavras ou um grupo delas que marcam, de maneira forte e abrupta, as reações, os sentimentos, as emoções.

Exemplos:

- Puxa!

- Cuidado!

- Ufa!

- Nossa!

- Tomara!

- Credo!

A surpresa encontra na interjeição a sua forma verbal.
A surpresa encontra na interjeição a sua forma verbal.

Exercícios resolvidos

Questão 1- (UFES - adaptada)

O fragmento onde a palavra que é pronome relativo é:

A) (...) a tuberculose está mais próxima do que imaginamos (...) (linha 2)

B) A estimativa de órgãos oficiais é de que hoje em dia cerca de um terço da população mundial (...) (linha 11)

C) (...) a pessoa que tem o bacilo, mas não desenvolveu a doença (...) (linhas 12-13)

D) (...) a expectativa é de que a chance de desenvolvimento da doença seja apenas 10% (...) (linha 14)

E) (...) sendo que, ao final de 10 anos, a grande maioria (...) (linha 17)

Resolução

Alternativa C. Nesse trecho, "que" é pronome relativo porque retoma o termo imediatamente anterior, "pessoa", sendo sujeito do verbo "tem"; além disso, introduz uma oração.

Questão 2 (UPE – 2015 - adaptada) Acerca de algumas relações semânticas presentes nas frases e orações a seguir, assinale a alternativa correta.

A) Ao afirmar: “Gosto de trabalhar com o português, embora inglês seja a que eu mais leio.”, o entrevistado faz uma afirmação e, em seguida, apresenta uma causa para o que foi afirmado.

B) Com o trecho: “Shakespeare fez muita besteira, mas tem três ou quatro obras perfeitas”, o locutor faz uma declaração e, em seguida, introduz a explicação do conteúdo declarado.

C) No trecho: “Aprendi desde cedo a ter o cuidado de não rimar ao escrever uma frase.”, o segmento destacado tem valor temporal.

D) O trecho: “Se todo mundo erra na crase é a regra da crase que está errada, como aliás está.” é introduzido por um segmento que tem valor concessivo.

E) No trecho: “insistiram que o certo é ‘veado’ quando o Brasil inteiro pronuncia ‘viado’”, os segmentos estão interligados por uma relação de causa e consequência.

Resolução

Alternativa C. No trecho, o segmento destacado tem valor semântico temporal, ou seja, seu sentido indica uma circunstância de tempo na qual se situa uma ação, no caso, o cuidado que o autor revela ter "ao escrever uma frase”.  

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