Fases do romantismo

As fases do romantismo no Brasil e em Portugal têm em comum: consciência patriota (primeira fase); exagero das emoções (segunda); e olhar sobre problemas sociais (terceira).

Por Mariana Carvalho Machado Cortes

Fases do romantismo no Brasil e em Portugal.

As fases do romantismo, no Brasil e em Portugal, apesar de se diferenciarem devido ao contexto de cada país, aproximaram-se em algumas características, como: o espírito e a consciência patriota na primeira fase; o exagero das emoções, associadas a um pessimismo e a um desejo da morte, na segunda fase; e a atenuação dessas características anteriores e um olhar para problemas sociais na terceira fase.

Leia também: Romantismo — como surgiu, principais características do movimento

Resumo sobre fases do romantismo

  • As fases do romantismo, tanto em Portugal como no Brasil, podem ser divididas em três momentos.
  • Em Portugal, a primeira fase apresentou uma visão mais focada no país, de maneira a gerar uma consciência de nação.
  • A segunda foi ultrarromântica e nela se ressaltaram o tédio, o pessimismo e o macabro.
  • A terceira fase agrupou características românticas aliadas a tendências naturalistas.
  • No Brasil, a primeira fase foi nacionalista, pois buscou valorizar os elementos naturais do país e construiu o indígena como herói nacional.
  • A segunda fase também foi ultrarromântica, em que houve a idealização da mulher, o sofrimento e o desejo pela morte.
  • A terceira fase foi a condoreira, em que os textos tiveram uma posição antiescravagista.
  • Os principais autores brasileiros românticos foram: José Gonçalves de Magalhães, José de Alencar, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Castro Alves.
  • São nomes consagrados do romantismo no mundo: Lorde Byron, no Reino Unido; Victor Hugo, na França; e Almeida Garret, em Portugal.
  • Algumas obras românticas brasileiras consagradas são: Canção do exílio, I-Juca Pirama, Navio negreiro e Senhora.
  • São obras consagradas do romantismo: Viagens na minha terra, de Almeida Garret; O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas; e O corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo.

Fases do romantismo em Portugal

→ Primeira fase

As características do romantismo apareceram menos na estética e mais no espírito inerente ao movimento. O romantismo contribuiu para a formação de uma consciência de nação e de cidadania em Portugal, ao mesmo tempo que se atentou para exploração de problemas particulares dos indivíduos. Houve produções de um caráter mais social e filosófico, com uma visão carregada de subjetividade. Nesse momento, houve uma valorização e um reconhecimento da figura do autor. Foram escritores desse período: Almeida Garret, Alexandre Herculano e Feliciano Castilho.

→ Segunda fase

Assim como no Brasil, identificou-se o período ultrarromântico, marcado pelo tédio, pelo pessimismo, pelo macabro, pela idealização do amor e pelo fúnebre, explorados na poesia de forma exagerada. Os escritores dessa época estavam mais libertos de uma estética clássica, porém distanciaram-se de ideais mais revolucionários e liberais. Suas temáticas foram mais individualistas. Foram escritores desse período: Camilo Castelo Branco, Soares de Passos e João de Lemos.

A obra romântica Caminhante sobre o mar de névoa, de Caspar David, mostra a solidão do indivíduo na vastidão da natureza.

→ Terceira fase

Reuniu a agonia típica do romantismo e as novas fases do pensamento naturalista. Houve, portanto, nesse período, obras que apontaram para as tendências que ocorreriam na literatura portuguesa após os anos 1860. Nessa época, havia um esgotamento da agonia do espírito romântico aliado a uma visão de mundo já afetada pelo desenvolvimento da ciência e da filosofia. Foram escritores desse período: João de Deus, Tomás Ribeiro e Júlio Dinis.

Fases do romantismo no Brasil

O romantismo no Brasil teve três fases:

  • a indianista;
  • a ultrarromântica;
  • a condoreira.

→ Primeira fase: movimento indianista

Iniciou-se em 1836, com a publicação de Suspiros poéticos e saudades, de José Gonçalves de Magalhães, o qual marcou o início do romantismo nas terras brasileiras. Com a independência do Brasil, em 1822, procurava-se criar uma identidade brasileira; houve, nesse momento, portanto, o desejo de autonomia literária.

Então, o romantismo apareceu aos poucos como caminho favorável à expressão própria da nação recém-fundada, pois fornecia concepções e modelos que permitiam afirmar as particularidades desse “novo país”, em oposição à Metrópole, identificada com a tradição clássica. Desse modo, algumas características desse período foram:

  • a valorização da natureza do país; e
  • a elaboração do indígena como um herói nacional.

Ambas aliadas a uma grande idealização desses elementos, o que evidenciou o nacionalismo utópico desse período.

Iracema, de José Maria Medeiros. A pintura faz uma referência à obra indianista de mesmo nome, de José de Alencar.

É necessário ainda lembrar que a visão sobre o Brasil ainda era muito etnocêntrica. Havia um desejo de afirmar a identidade e autonomia da literatura brasileira, inclusive recomendando o abandono dos clássicos e da sujeição aos autores portugueses; mas, ao mesmo tempo, temia-se na prática as novas tendências e preconizava-se obediência às velhas normas.

Isso pode ser percebido devido à construção da imagem do homem indígena como um guerreiro medieval, e não sendo retratado como ele é ou com uma perspectiva mais aliada ao olhar dos povos tradicionais. A melancolia, característica própria do romantismo, nessa época, associa-se à noite e à Lua, ao salgueiro e à saudade, sobretudo ao pormenor dos lugares. A valorização da natureza se ligava, então, ao novo sentimento de orgulho nacional, que prenuncia o patriotismo. Grandes autores dessa fase foram Gonçalves Dias e Gonçalves de Magalhães. Saiba mais sobre a primeira geração romântica clicando aqui.

→ Segunda fase: o ultrarromantismo

Marcou o ápice de certas características do romantismo, como a idealização da mulher, a intensidade das emoções e o macabro. Foi uma escola artística marcada pelo individualismo e pelo pessimismo. Em muitas obras, houve a construção da mulher inalcançável, o sofrimento do amado e a busca da sua redenção por meio da morte. Também é possível perceber traços relacionados à necrofilia em suas obras, já que muitas vezes havia descrições da mulher como morta.

Do ponto de vista formal, foi o momento de avanço da musicalidade no verso; quanto aos temas, manifestou-se pouco interesse pelo patriotismo ornamental e pelo indianismo, permanecendo vivo o sentimento da natureza e surgindo a atração pela morte, pela rebeldia, pelo sofrimento e pela temática do mal do século. Foram autores que marcaram essa fase o Álvares de Azevedo e Fagundes Varella.

→ Terceira fase: o condoreirismo

Foi marcada pela sua posição antiescravagista e, portanto, pela abordagem de temáticas sociais. Essa visão esteve associada a uma perspectiva liberal, portanto, havia uma visão mais individual sobre os problemas da sociedade, os quais, dentro do romantismo, eram explorados por meio de fortes apelos emocionais e por histórias que procuravam despertar a emoção sobre os problemas sociais, principalmente, acerca da escravidão.

Além disso, essa terceira fase também é conhecida por permitir uma concretude da relação amorosa nos poemas líricos. O principal autor dela foi Castro Alves. Para saber mais sobre o condoreirismo, clique aqui.

Veja também: Iracema — análise da obra indianista de José de Alencar

Principais autores do romantismo

→ Autores do romantismo no Brasil

  • José Gonçalves de Magalhães

Publicou, na revista Nitheroy, o “Ensaio sobre a história da literatura brasileira”, no qual traçava o programa renovador que daria início ao movimento do romantismo no Brasil, completado pelo prefácio do livro que publicou no mesmo ano, Suspiros poéticos e saudades, considerado pelos contemporâneos o ponto de partida da transformação literária e iniciador da literatura propriamente brasileira. Para saber mais sobre esse autor, clique aqui.

  • José de Alencar

Apresentou uma obra bastante ambiciosa e, por isso, muito marcante na literatura brasileira. A partir de certa altura, Alencar pretendeu abranger os diversos aspectos do país geográfica e historicamente, por meio de narrativas sobre os costumes urbanos, sobre as regiões, sobre o indígena.

Para pôr em prática esse projeto, quis forjar um estilo novo, adequado aos temas e baseado numa linguagem que, sem perder a correção gramatical, se aproximasse da maneira brasileira de falar. Os seus romances se organizam desde a narrativa sobre donzelas casando-se com rapazes puros, até certas histórias de força realista com um caráter mais crítico sobre os costumes sociais, nas quais traça o comportamento de homens e de mulheres de sua época. Saiba mais sobre o autor clicando aqui.

  • Gonçalves Dias

O essencial da sua obra poética está contido em três livros: Primeiros cantos (1847), Segundos cantos (1848), Últimos cantos (1851), revistos e reunidos num volume em 1857. A obra de Gonçalves Dias foi muito reconhecida e considerada um marco para o gênero lírico da literatura brasileira, devido à cadência melodiosa e à valorização e seleção do uso das palavras, que contribuíam para a valorização dos ambientes retratados e para o enriquecimento da estética de seus versos.

Dentro de uma vasta obra, ficaram muito conhecidos os poemas indianistas, porque construíram uma imagem que permitiu inspirar os sentimentos e as emoções humanas, o que corroborou o sentimento nacionalista buscado até então. Para saber mais sobre Gonçalves Dias, clique aqui.

  • Álvares de Azevedo

Escritor amplamente reconhecido após a sua morte, uma vez que morreu aos vinte anos e só então seus escritos foram reunidos e publicados. Obcecado pelas contradições do espírito e da sensibilidade, modulou a dor, o sarcasmo e o desejo pela plenitude da alma por meio da arte, da morte ou do amor platônico. A abordagem emocional do ser humano passa, muitas vezes, pelo desalento e pelo melodrama. Para saber mais sobre esse autor, clique aqui.

  • Castro Alves

Expôs a sua visão do mundo e dos homens de maneira que aproximou a sua poesia da oratória. A sua fama foi devida, sobretudo, à poesia humanitária e social. Deixando de lado o indígena, voltou-se para o negro e tornou-se o poeta dos escravos, com um viés libertário que fez de sua obra uma força nos movimentos abolicionistas. Com ele o escravizado se tornou assunto nobre da literatura. Em sua poesia, cantava-o em situações e versos de grande eficácia, como se vê em O navio negreiro. Saiba mais sobre Castro Alves clicando aqui.

→ Autores do romantismo no mundo

  • Almeida Garret (Portugal)

Garret foi um dos maiores nomes da literatura portuguesa devido à sua contribuição diversa a diferentes gêneros literários. A sua relação com o romantismo ocorreu devido à sua desilusão com as questões políticas e sociais que ocorriam em Portugal nesse período, com a instalação do regime constitucionalista.

Os desenganos com os sucessos portugueses provocaram a exacerbação de sua subjetividade e a mudança de sua perspectiva, a qual é retratada de forma metafórica em seus textos. Entre suas temáticas, estão o retrato da complexidade humana, a influência do tempo sobre o sujeito, o pessimismo existencial e a intensificação do sentimento religioso.

  • Lorde Byron (Reino Unido)

A obra de Byron, poeta britânico, foi um marco para a consolidação do ultrarromantismo, o qual também pode ser chamado de byronismo. Seus textos projetaram ideias importantes para esse movimento, como a do coração dilacerado, do sentimentalismo, da autopiedade, do hiperindividualismo, do tédio, da melancolia e da rebeldia. Byron, em seus textos, foi marcante por projetar a figura do autor em seus poemas, o que foi seguido por muitos autores que o sucederam.

  • Victor Hugo (França)

Autor de diversos poemas, de peças de teatro, de discursos políticos e artísticos e de romances amplamente conhecidos até os dias atuais. Foi um dos poucos poetas românticos que efetivamente participaram dos movimentos políticos da época. No entanto, em sua obra, não faltam os excessos românticos e o subjetivismo ostensivo.

Seus textos exploram acontecimentos históricos e implicações sociais e refletem a evolução das ideias literárias, políticas e morais do século. Sua obra permeia tendências conservadoras e liberais. Saiba mais sobre esse poeta clicando aqui.

Principais obras do romantismo

→ Obras do romantismo no Brasil

  • Canção do Exílio, de Gonçalves Dias

É um dos poemas mais famosos do romantismo brasileiro. Ele evidencia características importantes da primeira fase, como a valorização de elementos da natureza e o espírito nacionalista, ao falar de um lugar com terras paradisíacas que não se comparam com as de seu exílio.

O poema trata de um homem que se diz exilado em Portugal, com saudades de sua terra, o Brasil. O texto ficou muito consagrado e, por isso, foi objeto de paródias, citações e releituras de grandes escritores, como Casimiro de Abreu, Oswald de Andrade, Murilo Mendes e Carlos Drummond de Andrade.

  • Juca Pirama, de Gonçalves Dias

Esse é um poema de caráter épico que visa à construção do herói indígena. A história fala sobre o prisioneiro de uma tribo inimiga que, contrariando o heroísmo inflexível do indígena convencional, humilha-se para ter a vida salva, a fim de poder continuar guiando o pai cego. Mas este o maldiz por isso, e ele acaba lutando para tornar-se digno do sacrifício ritual. O movimento do poema é expresso pela variação de metros e ritmos em diferentes combinações em cada estrofe, o que combina com o desenvolvimento das emoções das personagens.

  • Senhora, de José de Alencar

É uma história que denuncia o casamento por interesse pecuniário, o casamento por dote, no qual há duas preocupações constantes: o papel do dinheiro na classificação e avaliação das pessoas, bem como no próprio teor das relações burguesas. Esse romance demonstra o espírito crítico de José de Alencar acerca dos costumes urbanos encontrados na sociedade da época.

  • O navio negreiro, de Castro Alves

Trata-se de um poema de caráter épico, dividido em seis partes, que denuncia as questões degradantes vividas pelos escravizados. O autor utiliza-se de imagens do gótico literário que contribuem para retratar e intensificar a situação imposta pelo sistema escravocrata.

→ Obras do romantismo no mundo

  • Viagens na minha terra, de Almeida Garret

O livro é considerado um marco para a literatura portuguesa e imprime uma visão crítica sobre o quadro político, geográfico e social de Portugal em sua época de maneira figurativa e sem deixar a temática amorosa. O livro é dividido em duas partes: a primeira remete a um relato de viagem, já que descreve as experiências do autor e as suas impressões sobre a sua terra; a segunda parte é centrada em um enredo amoroso, que tem como contexto os conflitos políticos da época.

A obra é um romance de caráter épico, uma vez que tem como pano de fundo um momento histórico importante: a narrativa ocorre do reinado de Louis XVIII até o golpe de Napoleão Bonaparte. O contexto é, portanto, de uma França dividida entre a monarquia e Napoleão.

O romance trata de uma história de vingança de Edmond Dantès com Danglars, Fernand Mondego e o juiz Villefort. Estes colocam Dantès na prisão, mas, depois de muitos anos, ele sai e consegue ganhar uma fortuna, o que o faz poder retornar à sua terra e concretizar o seu plano de se vingar dos que o prejudicaram. O texto faz uma reflexão sobre os conflitos, as relações e a ética das ações humanas, e, por isso, já teve diversas adaptações para o cinema.

  • O corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo

Quasímodo salvando a Esmeralda, de Eugénie Latil, uma referência ao livro O corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo.[1]

Um dos maiores clássicos do romantismo francês e que, contemporaneamente, ficou conhecido pela adaptação feita pelos estúdios Walt Disney. O romance transita entre o grotesco e o sublime ao contar a história de Quasímodo no contexto da Idade Média. A história imprime um olhar crítico sobre comportamentos da Igreja, ao mesmo tempo que evidencia as angústias humanas da época de forma lírica e reflexiva. O autor ainda aborda diversos outros temas em seu romance, como a paixão, a devoção religiosa, a desigualdade, a ingenuidade, a invisibilidade social etc.

Saiba mais: Como está dividida a literatura portuguesa?

Exercícios resolvidos sobre fases do romantismo

1. Sobre o romantismo, assinale a alternativa INCORRETA.

  1. A natureza foi um dos elementos mais importantes da estética romântica.
  2. Nesse período, os sentimentos tornaram-se mais importantes do que a racionalidade.
  3. O romantismo brasileiro apresentou um culto apenas para o futuro, pois a dor do passado não permeou a literatura dessa época, uma vez que seus autores a repudiaram.
  4. A inconformidade do artista romântico com o “mundo cruel” faz com que ele crie procedimentos de fuga, como a idealização.

GABARITO: C

A natureza aparece como um elemento importante em todo o romantismo, mas isso pode ser mais percebido principalmente em sua primeira fase no Brasil. A valorização das emoções se evidencia principalmente no período ultrarromântico. Não há um foco exclusivo para o futuro, uma vez que os autores românticos podem atentar aos problemas do presente. A tendência de fuga da realidade aparece principalmente no período ultrarromântico, em que essa fuga é projetada na idealização e no desejo de morte.

2. No movimento literário _________, é predominante a tônica localista, que expressa a singularidade do país e do eu, especialmente pela utilização do tema indígena como símbolo nacional. Um autor significativo desse movimento é __________, e o texto __________ desenvolve a temática indianista de forma épica, utilizando uma variedade de recursos literários, como diferentes tipos de versos.

As palavras que preenchem, correta e respectivamente, as lacunas dessa sentença são:

a) Arcadismo, Basílio da Gama, O Uraguai

b) Romantismo, Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama

c) Realismo, José de Alencar, Escrava Isaura

d) Arcadismo, Santa Rita Durão, Caramuru

GABARITO: B

O movimento literário que procurou criar uma identidade para o país foi o romantismo. Isso pode ser visto principalmente na primeira fase do romantismo no Brasil. José de Alencar e Gonçalves Dias foram grandes escritores desse momento. O I-Juca Pirama pertence a Gonçalves Dias, mas Escrava Isaura pertence a Bernardo Guimarães.

Crédito da imagem

[1] Wikimedia Commons

Fontes

ABREU,         Capistrano      de.      A        literatura         brasileira        contemporânea. In: ABREU,            Capistrano       de. Ensaios     e estudos: crítica e história — 1ª série. Rio de Janeiro: Sociedade Capistrano de Abreu; Briguiet, 1931. p.       61-107.

CÂNDIDO, Antônio. O romantismono Brasil. São Paulo: Humanistas- FFLCH-USP, 2002. In: CÂNDIDO, Antônio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 4. ed. São Paulo: Martins, 1971. 2v.

MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1962.

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